O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (29), em evento com a Federação Única dos Petroleiros, que, em sua avaliação, o gás de cozinha pode ser item da cesta básica para os brasileiros. Ele não explicou exatamente como isso seria possível, mas defendeu ser possível que o país se torne autossuficiente no produto.
Lula criticou as mudanças feitas na diretoria da Petrobras. Sem especificar se falava do novo presidente da Petrobras, Adriano Pires, ou do indicado para ser o novo presidente do conselho, Rodolfo Landim, ele disse não conhecer “esse cara que assumiu” mas que do pouco que ele leu, concluiu que “esse cara é lobista e que ele é muito mais ligado às empresas estrangeiras do que às nossas”.
O futuro candidato à presidência da República também defendeu ser preciso reunir esforços para apresentar uma nova narrativa ao povo sobre a Petrobras. Segundo ele, com a eleição, haverá tempo de TV, publicidade e visibilidade para contar “à pessoa que cozinha com lenha na calçada porque não tem gás ou o caminhoneiro que não consegue encher o tanque porque o diesel está caro” que essa luta em defesa da Petrobras é deles.
Segundo o petista, “se houve roubo, tem que ir preso, mas não acabar com a empresa”. E disse que a força-tarefa da operação Lava Jato junto com a imprensa passaram quatro anos dizendo que os funcionários e diretores da Petrobras eram corruptos e que essa imagem tem que mudar.
Ele destacou ainda que as justificativas dadas pelo presidente Jair Bolsonaro para explicar o alto preço dos combustíveis não são verdadeiras, como a guerra na Ucrânia, por exemplo. E criticou a política de desinvestimentos da petroleira e defendeu a construção de novas refinarias pelo país, além de recauchutar outras que estão sucateadas. Lula foi amplamente aplaudido pelos petroleiros do evento.
