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Cenário Político

Brasileiro que foi lutar na Ucrânia foge às pressas para Polônia: “Não imaginava o que era uma guerra”

Avatar De Redação Portal Chicosabetudo

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Brasileiro Que Foi Lutar Na Ucrânia Foge Às Pressas Para Polônia: “Não Imaginava O Que Era Uma Guerra”

O instrutor de tiro Tiago Rossi, de Maringá (PR), relatou nas redes sociais sua fuga para a Polônia depois que a base militar da Legião Internacional de Defesa Territorial da Ucrânia sofreu um ataque aéreo russo na região de Lviv. A legião é composta por estrangeiros que querem se juntar à resistência contra os agressores russos.

O paranaense Tiago Rossi, 28, partiu para o país europeu para lutar na legião contra a Rússia e vinha exibindo sua rotina em território ucraniano pelas redes sociais. Após a fuga no último domingo, ele bloqueou o Instagram para desconhecidos e apagou os vídeos feitos no canal no YouTube.

Em vídeos publicados no domingo, Rossi disse que apenas aqueles que conseguiram sair da base antes do ataque sobreviveram.

Lá tinha militares das forças especiais do mundo inteiro. A informação que a gente tem é que todo mundo morreu. Eles (russos) acabaram com tudo. Vocês não estão entendendo, acabou, acabou. A Legião foi exterminada de uma vez só. Eu não imaginava o que era uma guerra”, disse.

O ataque à base militar deixou pelo menos 35 mortos, segundo o governo ucraniano. Já a Rússia aponta 180 mortos e alega que eles eram “mercenários estrangeiros”. A base servia como armazenamento de armas e equipamentos militares. Lviv fica a cerca de 25 km da fronteira com a Polônia.

O brasileiro descreveu como foi o momento do ataque. “Teve um bombardeio, às 3h teve o primeiro sinal. A sirene tocou. Deu 5h, nem tocou sirene e, de repente, veio um caça e soltou um míssil em cima da gente. Não teve o que fazer. A gente saiu correndo para o meio do mato. Começou a soltar muitos mísseis em cima da gente”.

“Quando terminou a primeira onda de mísseis, a gente foi reagrupar o batalhão inteiro para ver quantas baixas tiveram. Eles (russos) estouraram toda a parte de paiol, centro médico, acabaram com tudo. Fomos orientados a sair de lá o mais rápido possível”, acrescentou.

Segundo Rossi, mesmo após o comando para deixar a base, alguns militares ficaram no batalhão. “Depois que chegamos no interior da Polônia, chegou uma mensagem para nós informando que o bombardeio russo voltou e simplesmente acabou com a base”, recordou.

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