Cenário Político
Mais de 100 brasileiros já pediram para se alistar ao Exército ucraniano, diz o representante do país no Brasil
O encarregado de negócios da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, informou que o país já recebeu mais de cem cartas de brasileiros se voluntariando para lutar ao lado das tropas ucranianas contra as ofensivas russas. O diplomata não foi capaz de precisar o número exato de pedidos de alistamento, mas disse que não foi possível atender ao volume das demandas.
Segundo Tkach, embora haja muitos pedidos, para ingressar na liga estrangeira das forças armadas ucranianos é preciso que os interessados tenham experiência com conflitos e que falem ao menos inglês. Questionado se há uma idade mínima para poder se alistar, o diplomata ucraniano respondeu:
“Com 18 anos a pessoa ainda não tem experiência.”
O diplomata ucraniano também afirmou que o que mais importa é o posicionamento do Brasil no cenário internacional. Na ONU, o país condenou a agressão russa contra a Ucrânia.
“O principal é como que o Brasil demonstra a sua posição na arena mundial. E a posição agora são três votos, dois no Conselho de Segurança [da ONU] e uma na Assembleia Geral, a favor das resoluções que condenam a agressão.”, disse Tkach.
Questionado, Tkach afirmou também que aguarda uma portaria de Bolsonaro para trazer ucranianos que desejam vir para o Brasil. Na segunda-feira, o presidente prometeu que daria os vistos humanitários. De acordo com Tkach, o número de ucranianos que desejam vir para o país não é grande.
“Não é grande [o número de ucranianos que querem vir para o Brasil]. Até agora são os familiares dos ucranianos que já estão aqui”, disse o diplomata, que completou: “Até agora não tem previsão. Só sabemos que existe consultas de como é possível trazê-los para cá.”
Por fim, Tkach defendeu que empresas brasileiras cortem as relações comerciais com a Rússia. A fabricante de aviões Embraer foi a primeira a aderir às sanções econômicas impostas por governos e empresas ao país de Putin.
“Esperamos que as empresas cortem os laços comercias com as empresas russas. Isso já está acontecendo”, disse Tkach, citando a Embraer.
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