A primeira viagem do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a Alagoas está marcada para a cidade de Piranhas, no dia 5 de novembro, para a inauguração do Sistema de Abastecimento de Água, incluindo um sobrevoo ao Canion do Xingó. Desde o início da pandemia de Covid-19, ele tem privilegiado visitas aos estados nordestinos com obras do Governo Federal.
Em julho deste ano, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, esteve no estado verificando o andamento das obras e garantindo R$ 36 milhões para a continuidade, em especial para o trecho IV.
A visita foi considerada uma etapa para a preparação da agenda de Bolsonaro, em especial para atender a uma demanda hídrica da região que há décadas sofre com a estiagem. Quando esteve em Alagoas, Marinho confirmou investimentos em projetos desenvolvidos pela Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), na região de Água Branca.
Quanto ao presidente, a agenda é um pouco mais ampla, mas com a mesma finalidade, já que o Canal do Sertão é a maior obra de segurança hídrica do Governo Federal em atividade e que beneficia dezenas de cidades alagoanas com projetos de irrigação e abastecimento.
Origem
O Canal do Sertão e a execução inicial do projeto ocorreu ainda na gestão do, então, presidente, o senador, Fernando Collor de Mello. À época, o seu governo havia elegido como uma das prioridades o combate a seca com geração de emprego e desenvolvimento para as cidades afetadas.
Em Alagoas, coube ao governador Geraldo Bulhões, já falecido, fazer o projeto sair do papel com a indicação do ponto inicial onde deveria ser iniciada o primeiro ponto para instalação do canteiro. Desde então, o sonho do sertanejo de ter água do Velho Chico em suas lavouras e casas tem sido aguardado por muitos.
Nos trechos já beneficiados, construídos nas gestões de Lula e Dilma, já é possível encontrar agricultores produzindo e garantindo o sustento de suas famílias. A funcionalidade do canal também serviu para fixação do homem no campo.
