Connect with us

Cenário Político

Lula vira réu pela quarta vez na Lava Jato por lavagem de dinheiro

Avatar De Redação Portal Chicosabetudo

Publicado

em

Lula Vira Réu Pela Quarta Vez Na Lava Jato Por Lavagem De Dinheiro

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva virou réu pela quarta vez pela Operação Lava Jato no Paraná. Na sexta-feira (23), o juiz Luiz Antonio Bonat recebeu a denúncia do MPF (Ministério Público Federal) contra Lula e mais quatro pessoas por lavagem dinheiro na Petrobras.

A denúncia foi protocolada em setembro. O ex-presidente é acusado de usar o Instituto Lula para lavar R$ 4 milhões doados pela Odebrecht entre dezembro de 2013 e março de 2014. Segundo a denúncia, os valores —feitos formalmente por doações legais— foram repassados em quatro operações de R$ 1 milhão cada uma e tiveram como origem contratos fraudados da Petrobras.

Segundo o documento, Lula era “comandante e principal beneficiário do esquema de corrupção que também favorecia as empreiteiras cartelizadas“, como a Odebrecht. Os outros réus no processo são o ex-ministro Antonio Palocci, Paulo Okamotto, do Instituto Lula, e dois ex-executivos da Odebrecht, Alexandrino Ramos de Alencar e Hilberto Mascarenhas da Silva Filho.

A ação afirma que Lula “teria dado aval para que importantes diretores da Petrobras fossem nomeados para atender aos interesses de arrecadação de propinas em favor dele próprio e de outros integrantes do PT, PP e PMDB, com o envolvimento de outros funcionários públicos de elevado status na administração pública“.

Segundo o MPF, Lula tinha ciência e participava do sistema de “cobrança sistemática de propinas” que envolvia os partidos citados, a Petrobras e a Odebrecht. Ainda de acordo com a denúncia, Palocci, ex-ministro da Fazenda, teria atuado na arrecadação e no gerenciamento de propina para o PT.

A denúncia é baseada em depoimentos de Palocci, Marcelo Odebrecht, ex-presidente da construtora, e Alexandrino. Segundo o MPF, os três afirmaram que a empresa teria repassado R$ 4 milhões para o Instituto Lula com intermédio de Okamotto a pedido do ex-presidente. A transação estaria registrada na planilha “Programa Especial Italiano“.

No despacho, Bonat afirma que, além dos colaboradores, a denúncia também se baseia em “mensagens eletrônicas” de um notebook apreendido com Marcelo Odebrecht. Segundo o texto, as mensagens fazem menção, “em linguagem cifrada“, a valores que “seriam descontados da conta corrente de propinas e remetidos ao Instituto Lula” entre 2011 e 2013.

Continuar lendo

Mais Lidas