Polícia e investigação
Caso Henry: laudo aponta 23 lesões na vítima por ‘ação violenta’ e descarta acidente doméstico
Henry Borel, menino de quatro anos morto em 8 de março, no Rio de Janeiro, teve 23 lesões por ação violenta, conforme apontou a reconstituição da morte. A mãe do garoto, Monique Medeiros, e o padrasto, o vereador Dr. Jairinho, foram presos na quinta-feira (8), sob suspeita de homicídio qualificado do garoto.
O laudo da perícia descartou a possibilidade de um acidente doméstico, como queda, segundo revelou o Fantástico deste domingo (11). A versão de Monique e Jairinho é de que o menino caiu, algo que também já tinha sido desacreditado pela necropsia.
Henry foi levado pela mãe e pelo padrasto Dr. Jairinho ao hospital Barra D’Or na madrugada de 8 de março e já chegou à unidade sem vida.
Entre as lesões detectadas no corpo de Henry, estão laceração no fígado, danos nos rins e hemorragia na cabeça. A simulação do dia da morte foi feita em 1° de abril, no apartamento onde ele morava com Monique e Dr. Jairinho.
“Não há a menor hipótese de ele ter caído, quer seja da cama, quer seja da poltrona, quer de uma estante, que tem 1,20 metro de altura”, afirmou Denise Rivera, perita criminal da Polícia Civil do RJ ao portal G1.
Os peritos simularam diversas quedas, com um boneco de dimensões semelhantes às de Henry, e viram que ele não teria as lesões apresentadas em nenhuma das possibilidades.
O laudo mostra que o garoto sofreu ações violentas entre 23h30 e 3h30, que resultaram em lesões de baixa e de alta energia.
Dr. Jairinho e Monique foram detidos por policiais da 16ª DP após a juíza Elizabeth Louro Machado, do II Tribunal do Júri da Capital, expedir mandados de prisão temporária por 30 dias. Eles estão presos em uma unidade penitenciária do RJ.
O casal deve ser indiciado após a conclusão do inquérito policial, que analisa o testemunho de mais de quinze pessoas e o material dos celulares apreendidos.
Dr. Jairinho é apontado pela investigação como o autor das agressões que resultaram na morte do menino. Monique, que já sabia das rotinas de agressões, pode ser responsabilizada pela omissão.
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