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Presidente do Bahia, Bellintani defende ampliação do Brasileirão em 2021: “A chance é única”

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O presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, defendeu nesta quinta-feira a ampliação do Campeonato Brasileiro. O dirigente argumenta que a competição nacional pode ocupar nove meses do calendário, enquanto os estaduais seriam disputados por jovens e jogadores com pouco espaço no time principal.

De acordo com Bellintani, a rescisão por parte da Globo do contrato de transmissão do Campeonato Carioca pode provocar mudanças mais profundas no calendário do futebol nacional.

– Futebol brasileiro passa por impressionante oportunidade de mudança. Direitos do mandante, streaming, calendário ameaçado, contratos cancelados, coronavírus, PIB negativo. (…) A chance é única. Não é razoável que os clubes mantenham zumbis esportivos e comerciais em nome de um dinheirinho de curto prazo. Talvez nós, clubes, tenhamos que agradecer à Globo mais adiante por fazer esse movimento. Cultuar zumbis esportivos é sermos zumbis esportivos. Com calendário 2020 invadindo 2021, é o momento de transformarmos os estaduais em competições de acesso para os clubes pequenos e de revelação de atletas para médios/grandes.

O presidente do Bahia emitiu sua opinião em série de posts no Twitter. Ele acredita que a ampliação do Brasileirão é fundamental para internacionalizar as marcas dos clubes do país.

– Alguns clubes brasileiros sonham se tornar globais jogando estaduais. É como o Barcelona jogar o campeonato da Catalunha. Quando um clube usa time reserva no Brasileiro para jogar Libertadores, ele faz isso porque jogou o Estadual. Algo parece estar fora da ordem há muito tempo. Um Brasileirão de 9 meses com pré-temporada de 40 dias deixaria tudo melhor.

Veja na íntegra o post do presidente do Bahia:

“Teoria do Caos. Futebol brasileiro passa por impressionante oportunidade de mudança. Direitos do mandante, streaming, calendário ameaçado, contratos cancelados, coronavírus, PIB negativo. A Teoria do Caos parece chegar ao futebol. A seguir, Efeitos Borboletas e possíveis tufões. A retirada dos investimentos nos estaduais é desejo antigo da Globo, que agora parece ter encontrado o momento certo. Confirmado o Carioca, faltará o Paulista. Os demais já estavam com desinvestimento programado. Que bom viver isso, mesmo de um jeito atravessado. A chance é única. Não é razoável que os clubes mantenham zumbis esportivos e comerciais em nome de um dinheirinho de curto prazo. Talvez nós, clubes, tenhamos que agradecer à Globo mais adiante por fazer esse movimento. Cultuar zumbis esportivos é sermos zumbis esportivos. Com calendário 2020 invadindo 2021, é o momento de transformarmos os estaduais em competições de acesso para os clubes pequenos e de revelação de atletas para médios/grandes. Bahia e Vitória já decidiram que jogarão Baiano só com jovens que precisam mostrar talento. Alguns clubes brasileiros sonham se tornar globais jogando estaduais. É como o Barcelona jogar o campeonato da Catalunha. Quando um clube usa time reserva no Brasileiro para jogar Libertadores ele faz isso porque jogou o Estadual. Algo parece estar fora da ordem há muito tempo. Um Brasileirão de 9 meses com pré-temporada de 40 dias deixaria tudo melhor. E eu troco fácil um título estadual por 3 pontos a mais no Brasileirão, em vez de precisar poupar titular. Clubes nacionais nunca serão mundiais jogando estaduais. Essa crise não é só da MP 984/20. É dificuldade da TV manter produtos de pé, é retração de anunciantes, é falta de liquidez dos clubes, é excesso de jogos. Mas é também oportunidade. Por trás da imprevisibilidade há uma ordem. O Caos não é necessariamente algo ruim. O Caos anima.”

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