O Instagram amanheceu preto na terça-feira (2). Quem utilizou a plataforma no começo do dia pôde perceber uma adesão a campanha ‘Blackout Tuesday’, termo que em tradução para o português significa “apagão”, com diversas postagens do mesmo quadro preto circulando no feed.
O movimento diz respeito ao protesto criado por rádios, gravadoras e personalidades da música, como uma resposta e apoio as manifestações pela morte de George Floyd, que inflamou o país norte-americano na última semana.
Grandes nomes da indústria se uniram ao protesto, como as gravadoras Capitol Records, Warner Music, Columbia e Atlantic, que não irão funcionar nesta terça.
Além de anônimos e famosos norte-americanos, o protesto ganhou força no Brasil e em outros países. Parte da classe artística nacional repostou a corrente em suas redes sociais e gravadoras como Som Livre e Warner também estão participando da campanha.
A plataforma Spotify também aderiu ao movimento e alguns serviços oferecidos pela companhia de streaming, como as playlists RapCaviar e Today’s Top Hits, terão um logo preto para sinalizar o luto e uma faixa de 8m43s de silêncio, tempo em que George Floyd foi sufocado.
Morte de George Floyd
O afro-americano George Floyd, de 46 anos, foi morto no dia 25 de maio, em Minneapolis, após uma abordagem policial. Já sob custódia da polícia, o rapaz foi sufocado até a morte pelo oficial branco, e teve toda cena, que durou 8 minutos e 43 segundos filmada por uma pessoa que passava pelo local. Dois laudos de autópsias apontam que a morte de Floyd foi um homicídio por asfixia.
Floyd foi detido após um funcionário de uma mercearia em Minneapolis acusar o homem de tentar pagar as compras com uma nota falsa de US$ 20. Derek Chauvin, o policial filmado com o joelho sobre o pescoço de Floyd, foi detido e acusado de homicídio culposo e assassinato em terceiro grau.
A brutalidade da ação policial e a morte de Floyd motivou uma onda de protestos ao redor do país.
