O Esporte Clube Vitória anunciou nesta segunda-feira (10) que irá recorrer da decisão da Justiça do Trabalho que o condenou a pagar aproximadamente R$ 4,9 milhões ao zagueiro Bruno Uvini. O atleta, que deixou a agremiação recentemente, havia movido um processo judicial solicitando a rescisão indireta de seu contrato.
Detalhes da Decisão Judicial
A condenação foi proferida pela 6ª Vara do Trabalho de Salvador, na Bahia. O montante determinado pela Justiça abrange uma série de pagamentos, incluindo verbas rescisórias, multas contratuais, indenizações diversas e honorários advocatícios, conforme detalhado no processo trabalhista.
Posicionamento do Clube
Em nota oficial, o clube da capital baiana expressou sua discordância em relação ao teor da sentença. O Vitória argumenta que pontos cruciais e controversos do processo não foram devidamente considerados na análise. O time afirmou que sempre garantiu a Uvini as condições necessárias para o desempenho de suas atividades profissionais.
“O Esporte Clube Vitória informa que teve ciência da decisão proferida nos autos da ação movida pelo atleta Bruno Uvini Bortolança, na qual se reconheceu a rescisão indireta do contrato de trabalho. Respeitosamente, o clube discorda do teor da decisão e informa que irá recorrer, por entender que diversos pontos relevantes e controvertidos do processo não foram devidamente analisados, o que compromete o alcance da verdade real e a aplicação correta do direito.”
Ainda na nota, a diretoria do clube salientou que buscou alternativas para a manutenção do vínculo com o zagueiro, apresentando inclusive propostas que visavam sua valorização no mercado. O Vitória também alegou que a decisão não levou em conta a ausência de notificação prévia sobre supostos atrasos, o princípio da boa-fé contratual e ignorou o requisito da imediatidade para o reconhecimento de eventual falha patronal, citando entendimentos pacificados nos tribunais.
Próximos Passos
Diante da discordância, o Esporte Clube Vitória reafirmou seu compromisso com a legislação e os contratos, e manifestou confiança de que as instâncias superiores do judiciário irão reavaliar todos os elementos do processo com a profundidade e a técnica jurídica necessárias.