O silêncio da Fonte Nova foi quebrado. O apito final ecoou, mas o que veio depois surpreendeu até os mais experientes torcedores. Em poucos segundos, a arquibancada virou palco de provocações, câmeras ligadas e gritos que atravessaram fronteiras. O vídeo já circula nas redes sociais: torcedores do Nacional, do Uruguai, deixam o estádio após a vitória por 3 a 1 sobre o Bahia e entoam, em coro, “Chama a Samu”. O clima? Tenso, eletrizante, impossível de ignorar.
A noite de quarta-feira (7) marcou a primeira derrota do Bahia em casa na história da Libertadores. O revés, além de frustrar a torcida, abriu espaço para a festa uruguaia. Vídeos publicados pelo perfil “Partiu Bateu” mostram a saída dos visitantes, que não economizaram nas provocações. Entre os gritos, frases como “A Fonte é nossa” e “Mais grande que o mundo! Vamos, Nacional!” ganharam destaque, enquanto o “Chama a Samu” — referência à música popularizada pela torcida do Vitória — viralizou rapidamente entre os rivais.
“A Fonte é nossa”, gritou um torcedor do Nacional, enquanto outros completavam: “Chama a Samu!”
O resultado embolou o Grupo F da Libertadores. O Bahia, que liderava com sete pontos, agora vê o Nacional encostar, chegando a cinco. O Internacional, que ainda joga na rodada, pode ultrapassar o Tricolor caso vença o Atlético Nacional. A disputa pela classificação às oitavas de final ficou ainda mais acirrada.
“O gol nos fez mal”, lamentou o técnico Rogério Ceni após a partida, destacando a mudança de postura do Bahia depois de sair na frente.
A repercussão do episódio mostra como a rivalidade sul-americana segue viva dentro e fora de campo. O Bahia, apesar do tropeço, ainda depende de si para avançar na Libertadores, mas sabe que a pressão aumentou — e que, a cada rodada, a emoção só cresce.