Subiu para 48 o número de óbitos decorrentes de uma série de terremotos que assolaram o Japão na última segunda-feira. Estes sismos, com o mais forte registrado em magnitude de 7,6, atingiram principalmente a cidade de Anamizu, na região de Ishikawa. Fontes oficiais indicam que aproximadamente 180 abalos sísmicos foram detectados na área durante as últimas 24 horas.
Equipes de socorro enfrentam desafios significativos nas operações de busca e salvamento devido à destruição de vias de acesso, especialmente em localidades mais remotas. Após a série de terremotos, o Japão emitiu um alerta para a possibilidade de um “grande tsunami” na costa oeste, gerando preocupações de um possível cenário similar à crise de Fukushima em 2011. Entretanto, esses alertas já foram cancelados.
A região da Península de Noto acumula a maior quantia de danos e fatalidades em razão dos terremotos. Em Wajima, ao menos 30 edificações ruíram e o cenário de destruição abrange muitas residências e estradas. Diante da situação, o governo mobilizou cerca de 1 mil militares para auxiliar nas tarefas de socorro.
Adicionalmente, após o sismo, foram registradas mais de 900 chamadas de emergência e há relatos de aproximadamente 120 casos de pessoas ainda à espera de resgate. Mediante esta urgência, o primeiro-ministro Fumio Kishida frisou durante uma reunião de emergência que as operações de resgate prosseguem intensamente.
A instabilidade geológica do Japão é frequentemente associada ao vulcanismo e à movimentação das placas tectônicas na região, em particular a placa do Pacífico. Um vulcão submerso tem sido indicado como possível causa de múltiplos terremotos observados nas proximidades da costa japonesa nos últimos 40 anos.
Apesar de o alerta para tsunami ter sido revogado, Wajima presenciou ondas de 1,20 metro; contudo, não foram reportados danos adicionais. A comunidade brasileira no Japão, que compreende mais de 250 mil residentes, recebeu avisos multilíngues para buscar locais seguros e elevados após os tremores.
