A paixão pelo futebol muitas vezes divide famílias, mas também pode uní-las em torno deste esporte tão amado. A família Leiro, da Bahia, é um exemplo vivo dessa dualidade. Em seu seio, a rivalidade entre Bahia e Vitória se manifesta com um equilíbrio perfeito: Azânia e o filho Ávine, de 11 anos, torcem pelo Esquadrão, enquanto Leandro Andrade, o pai, e o filho Arthur, de 7 anos, são fervorosos pelo Leão.
A criação dessa divisão familiar ocorreu de maneira natural, conforme relatou Azânia em entrevista ao Portal A TARDE. “Começamos tricolores, mas, com a chegada de Leandro, um rubro-negro, e o nascimento de Arthur, equilibramos os lados da torcida em casa, 2×2”, explicou ela.
Os momentos de clássico são especialmente vibrantes para os Leiro. Este ano, durante o Campeonato Baiano e a Copa do Nordeste, os duelos Bahia x Vitória foram vividos intensamente, com ambos os filhos experimentando as delícias de uma vitória de virada – sempre sob a ótica da rivalidade saudável.
Azânia, além de entusiasta, procura incutir nos filhos o amor pelo esporte de maneira respeitosa. “Discussões acontecem, mas sempre ensino sobre a importância do respeito e dos limites; um clássico vai além do jogo”, afirma. A família ainda não teve a chance de assistir a um BAxVI no estádio, um desejo que Azânia espera realizar, lembrando com nostalgia dos tempos de torcida mista: “Era um ambiente de pura paixão pelo futebol.”
Olhando para o futuro, os palpites para o próximo encontro entre Bahia e Vitória divergem na família Leiro. Enquanto Azânia e Ávine apostam numa vitória do Esquadrão com dois gols de diferença, Arthur confia num triunfo do Leão por 3×0. Independente do resultado, o importante para eles é perpetuar essa paixão pelo futebol que, mesmo dividindo, acaba por unir ainda mais a família.
