Na cidade de Bragança Paulista, o confronto entre Vasco e Bragantino, na última quarta-feira, terminou em controversa após declarações do técnico do Vasco, Ramón Díaz. Após a derrota por 2×1, Díaz criticou a arbitragem, destacando sua insatisfação com a atuação do VAR, que, no jogo em questão, encontrava-se sob a responsabilidade de uma mulher. Em suas palavras, o argentino questionou a capacidade feminina de tomar decisões rápidas e assertivas no contexto dinâmico do futebol. Esses comentários logo geraram polêmica.
Em sua defesa, Díaz recorreu a um episódio anterior, mencionando um pênalti não assinalado a favor do Vasco contra o Grêmio, apontando como justificativa a pressão e a velocidade do jogo. “O futebol é tão dinâmico, com tanta pressão, tão rápido, com decisões tão rápidas. Hoje não sei se o árbitro em um pênalti nosso, aponta”, explicou ele, reforçando a complexidade do papel do VAR no futebol.
Ainda assim, os comentários iniciais não passaram sem críticas. Minutos depois da coletiva, Ramón Díaz buscou clarificar suas declarações, afirmando ter sido mal interpretado e expressando seu arrependimento. Ele enfatizou que sua crítica visava à estrutura unilateral de tomada de decisões no uso do VAR, e não à competência feminina.
O Vasco da Gama, por sua vez, agiu rápido em se distanciar dos comentários de seu técnico, utilizando suas plataformas de comunicação para expressar seu descontentamento e pedir desculpas ao público. “O Vasco da Gama lamenta a declaração do técnico Ramón Díaz e reafirma o compromisso de reforçar as medidas e diretrizes educativas necessárias em acordo com suas determinações, valores e princípios”, comunicou o time.
Esse incidente destaca não só a paixão e o calor do momento que definem o futebol, mas também as crescentes conversas sobre igualdade de gênero e a importância de respeito mútuo dentro e fora de campo.
