A controvérsia tomou conta da segunda rodada do Campeonato Brasileiro, com o lance protagonizado por Caio Alexandre, jogador do Bahia, durante a vitória sobre o Fluminense por 2×1. O episódio ocorreu já no início da partida, na terça-feira. Em uma disputa no campo encharcado, Alexandre executou um carrinho em direção a German Cano. Embora tenha tocado a bola inicialmente, o impacto posterior foi nos dois pés do argentino, que sofreu uma queda aparatosa no gramado.
O árbitro João Vitor Gobi, após verificar o lance, optou por apresentar apenas o cartão amarelo a Alexandre, uma decisão que provocou protestos veementes por parte dos atletas do Fluminense. Renata Ruel, comentarista de arbitragem da ESPN, classificou a infração como passível de expulsão. Em suas redes sociais, ela argumentou que a maneira como Caio Alexandre entrou no lance, considerando a velocidade, a força e o estado molhado do campo, representava um risco sério de lesão a Cano.
Segundo Ruel, o contato direto das travas da chuteira de Caio Alexandre no tornozelo de Cano, com força intensa, deveria ser interpretado como uma falta grave segundo as regras do jogo, o que justificaria a expulsão direta do jogador do Bahia. “A entrada do Caio Alexandre é para expulsão… ele assume o risco de lesionar o adversário. Na regra é jogo brusco grave e cartão vermelho,” enfatiza a comentarista.
Contudo, com Caio Alexandre mantido em campo, o Bahia não apenas seguiu na partida, mas também contou com um gol espetacular do próprio volante, num disparo de fora da área, que definiu o empate ainda no primeiro tempo. A decisão do árbitro e a consequente atuação de Alexandre continuam alimentando debates sobre a arbitragem e a segurança dos jogadores no Brasileirão.
