O futuro da Seleção Brasileira virou um tabuleiro de incertezas. Uma conversa reservada entre o pai de Neymar e o presidente da CBF mudou tudo. Jorge Jesus, antes favorito, saiu da lista. O que aconteceu nos bastidores? Quem ganha e quem perde com essa decisão?
A sucessão de nomes para o comando da Seleção Brasileira ganhou um novo capítulo. Duas semanas atrás, Neymar pai, Neymar da Silva Santos, se reuniu com Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, e foi direto ao ponto: não queria Jorge Jesus como técnico da equipe nacional. O veto foi imediato e, a partir dali, o treinador português passou a ser carta fora do baralho para a vaga mais cobiçada do futebol brasileiro.
O motivo? O relacionamento entre Neymar e Jorge Jesus nunca foi dos melhores. Quando ambos estiveram juntos no Al Hilal, da Arábia Saudita, o clima ficou pesado. O atacante não aprovava os métodos do treinador e não esqueceu as declarações públicas em que Jesus questionou sua capacidade física para atuar em alto nível no futebol saudita.
“Neymar incompatibilizou-se com Jesus quando ambos estavam no Al Hilal. Não apreciava os métodos de trabalho de Jesus e não perdoou as declarações públicas em que o português disse que o brasileiro não estava capacitado para a exigência do futebol saudita.”
— Correio da Manhã
A influência da família Neymar nos bastidores da CBF é notória. Segundo apuração do jornal A Bola, o próprio pai do craque indicou intermediários para tentar viabilizar a contratação de Carlo Ancelotti, técnico do Real Madrid, como plano principal. A CBF, porém, ainda hesita entre Ancelotti, Jorge Jesus e Abel Ferreira, mas o veto familiar pesou e Jesus ficou para trás.
Confira os principais pontos do imbróglio:
- Jorge Jesus deixou oficialmente o Al Hilal na última sexta-feira, ficando livre no mercado.
- A CBF ainda sonha com Carlo Ancelotti, mas o italiano tem contrato com o Real Madrid até 2026.
- Abel Ferreira, do Palmeiras, surge como alternativa, mas é considerado improvável devido ao vínculo longo com o clube paulista.
- O Brasil está a pouco mais de um ano da Copa do Mundo de 2026 e sem treinador definido.
“O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, não prioriza a contratação de Jorge Jesus para a seleção brasileira por causa da influência de Neymar.”
— Danilo Lavieri, colunista do UOL
A pressão por um nome de peso é grande. O histórico de Jorge Jesus no Flamengo, onde conquistou títulos importantes, ainda pesa a favor do português em parte da imprensa e da torcida. Mas, nos bastidores, a palavra final parece ter vindo de quem tem acesso direto ao topo da CBF.
A Seleção Brasileira segue sem técnico, enquanto a lista de candidatos diminui. O próximo compromisso oficial está marcado para junho, nas Eliminatórias para a Copa do Mundo. Até lá, a expectativa é de novos capítulos e, talvez, mais reviravoltas.