O baiano Leonardo Guimarães — o Leleco — voltou a chamar atenção no mundo do MMA. Há duas semanas, ele saiu vitorioso na 59ª edição do ACA Young Eagles, evento da principal organização russa, e garantiu a chance de disputar o cinturão mundial da categoria.
A luta e a vitória
Leleco derrotou o russo Lom-Ali Mediyeva, da escola Akhmat, e o triunfo foi confirmado por decisão unânime dos árbitros. Segundo o lutador, ao perceber que dominava os três rounds, passou a administrar a luta para não correr riscos desnecessários: “Fiquei satisfeito com a atuação; ao perceber que dominava os três rounds, passei a administrar a luta para não arriscar um nocaute ou uma finalização por acaso”.
Com um cartel de 27 lutas profissionais — 14 vitórias e 11 derrotas —, o atleta de 43 anos retomou o circuito internacional depois de duas passagens pelo UFC em 2016, mostrando preparo técnico e físico nesta retomada.
O próximo desafio
A conquista fez de Leleco o desafiante oficial do atual campeão, Evgeniy Goncharov, de 39 anos, cujo registro é de 26 lutas — 22 vitórias e duas derrotas. Goncharov reconquistou o cinturão em 17 de março de 2023, numa revanche contra Mukhamad Vakhaev, e fez duas defesas bem-sucedidas desde então, a mais recente em agosto de 2024.
A organização ainda não confirmou data nem local para a disputa, mas a expectativa é que o confronto aconteça ainda este ano, em solo russo.
Vida na Rússia e preparação
Radicado na Rússia há cerca de um ano, Leleco contou que a adaptação foi um desafio — fuso horário, clima e a barreira do idioma — e que precisou ajustar a rotina com a equipe e o treinador locais. “A adaptação foi difícil no começo: fuso, clima e idioma. Treinei com time local e aprendi o básico para me comunicar; quando necessário, usamos o inglês”, disse o atleta.
Ele avaliou que a combinação entre domínio técnico e condicionamento foi decisiva para vencer por decisão unânime e para conquistar a vaga imediata ao cinturão: “A vitória colocou minha carreira em posição valiosa para disputar o título mundial; agradeço pela saúde e pela oportunidade de representar a Bahia nos maiores palcos”.
Enquanto aguarda a confirmação oficial de data e local pela promotora, Leleco já se prepara para o que pode ser a maior luta da carreira — com a missão clara de, se vencer, devolver o cinturão à Bahia.

