O futebol sul-americano continua sendo um celeiro inesgotável de jovens talentos, conforme evidenciado pelos promissores atletas que brilham nas competições europeias e na próxima Copa América. Nomes como Vinícius Júnior, Rodrygo, Julián Álvarez, Mac Allister, Luis Díaz e Valverde são apenas alguns exemplos dessa nova geração de craques emergentes.
A lista é extensa e inclui até mesmo adolescentes como Endrick, o prodígio de 17 anos recém-contratado pelo Real Madrid, e o argentino Alejandro Garnacho, destaque com 19 anos no Manchester United. A Copa América, que será realizada de 20 de junho a 14 de julho nos Estados Unidos, será o palco para essa transição geracional.
Passagem de bastão na Seleção Argentina
Na seleção argentina, Garnacho terá a oportunidade de dividir o vestiário com o lendário Lionel Messi, de 36 anos, cuja aposentadoria não está muito distante. Seu companheiro Ángel Di María, também de 36 anos, já anunciou que se aposentará da equipe nacional após a Copa América. A “Albiceleste” parece preparada para uma transição mais organizada e natural.
Brasil em reconstrução após decepção no Mundial
Por outro lado, o Brasil enfrenta uma situação mais desafiadora. Com lesões e problemas extracampos, Neymar não conseguiu ser uma referência para os mais jovens. A Seleção ocupa apenas a sexta posição nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026. O técnico Dorival Júnior não convocou nomes que estiveram no Mundial de 2022, como Neymar (lesionado), Casemiro, Richarlison, Antony e Gabriel Jesus.
Rodrygo e Vini Jr., campeões da Champions League pelo Real Madrid, são os encarregados de liderar a Seleção, campeã da Copa América em 2019 jogando em casa. “Temos uma competição que demanda um longo tempo juntos. Essa equipe vai ter condição de adquirir tudo que imaginamos que possa vir a acontecer. Espero que essa resposta aconteça em campo. O trabalho vai ser intenso por um equilíbrio da equipe e a melhor performance possível”, afirmou Dorival ao divulgar a lista de convocados.
Renovação no Uruguai, Colômbia e Chile
No Uruguai, o meia Federico Valverde (25 anos), titular absoluto no Real Madrid, assume a liderança na renovação da “Celeste”, comandada pelo técnico argentino Marcelo Bielsa. Além de Valverde, a equipe conta com o atacante Darwin Núñez (Liverpool) e o meia Rodrigo Betancur (Tottenham).
Na Colômbia, a transição gradual é liderada por Luis Díaz (Liverpool) e outros jovens talentos, mesclados com veteranos como James Rodríguez e Juan Fernando Quintero. Uma tarefa que vem sendo executada com êxito pelo técnico argentino Néstor Lorenzo, discípulo de José Pekerman.
Já no Chile, o técnico argentino Ricardo Gareca enfrenta dificuldades na busca por substitutos para a lendária “geração de ouro” de Arturo Vidal e Alexis Sánchez, pilares dos únicos títulos da Copa América em 2015 e 2016.
A Copa América 2024, que reunirá dez seleções sul-americanas e seis da Concacaf, será o palco para essa nova geração de talentos emergentes, credenciados para herdar os papéis de ícones como Messi, Neymar, Suárez e James.
