A ‘pausa’ durante os Jogos do Rio-2016 parece que começou a dar os frutos esperados ao Bahia. Durante duas semanas, os treinamentos foram intensos e, certamente, o grupo aproveitou para se inspirar nas histórias de superação dos medalhistas brasileiros, principalmente dos baianos, para reagir na Série B enquanto ainda há tempo.
Com a precisão dos punhos de Robson Conceição, que trouxe o ouro no boxe, o Esquadrão atropelou o Avaí, fora de casa, na penúltima rodada: 3×0. A capacidade de afundar o esquema defensivo do Paraná, sábado, na Fonte Nova, deve ter vindo das remadas potentes de Isaquias Queiroz, que papou três medalhas no Rio-2016, e a goleada se repetiu: 3×0.
Agora, após 21 dos 38 jogos previstos, o Tricolor chegou a 31 pontos, na cola do quarto colocado, que é o CRB, com 34. O melhor é que os ventos bons estão soprando para as bandas do Fazendão, pois, além da guinada na competição, os times do G-4 estão meio que esperando ele chegar.
Basta avaliar os resultados das últimas cinco rodadas. Neste período, os quatro primeiros da tabela (Vasco, Atlético-GO, Ceará e CRB) venceram apenas cinco partidas, somando as vitórias de todos eles juntos. Vasco e Atlético-GO venceram duas; o Ceará apenas uma e o CRB nem isso. No mesmo intervalo, o Bahia conseguiu três triunfos (1×0 sobre o Luverdense, 3×0 no Avaí e no Paraná).
Tradição
A memória do futebol diz que o tricolor tem seu nome cravado lá com grandes feitos de superação e Guto Ferreira sabe disso. Para o técnico, os triunfos convincentes nas últimas rodadas estão ligados à tradição da camisa do Esquadrão.
“Acho que não tem que ser a cara do Guto, tem que ser a cara do Bahia. A cara do Bahia é de time aguerrido, competitivo, que impõe ritmo de jogo. Isso que torcedor quer ver. Vão ter momentos que a equipe vai errar, mas não pode faltar vibração, entrega, tranquilidade, qualidade, transpiração e competitividade para buscar o triunfo. Esse Bahia que o torcedor quer ver e que queremos botar pra jogar”, disse.