Girona deve ajustar participação acionária para Champions, diz Uefa
O City Group Football (CGF), entidade que controla o Manchester City, está diante de um impasse regulatório após a qualificação histórica do Girona para a Liga dos Campeões. Desde 2017, o CGF possui 47% do clube catalão, que, após se destacar no Campeonato Espanhol, garantiu sua primeira participação na prestigiada competição europeia.
No entanto, de acordo com a Uefa, o CGF terá que diminuir sua fatia no Girona para cumprir com as novas exigências do regulamento de multipropriedade. Esta norma impede que duas equipes sob a mesma propriedade, ou com “influência decisiva” de um único dono, compitam simultaneamente na mesma competição europeia. O conceito de “influência decisiva” se aplica a qualquer entidade que possua ao menos 30% das ações de um clube, o que coloca o Girona e o Manchester City em uma situação complicada.
Para resolver essa questão, a Uefa estipulou o dia 3 de junho como prazo final para o CGF reajustar sua participação no Girona. A fim de evitar uma venda apressada das ações — geralmente pouco vantajosa economicamente —, a carta enviada pelo departamento de controle financeiro da Uefa (CFCB) sugere uma medida temporária. Os clubes poderão transferir as ações para um fundo fiduciário sob supervisão da Uefa, válida apenas para a próxima temporada.
Essa resolução busca equilibrar a integridade das competições europeias com os interesses financeiros dos clubes envolvidos, garantindo uma participação justa e regulamentada no cenário continental.