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Follman diz perdoar piloto e conta detalhes do acidente: “gritava ‘socorro, não quero morrer'”

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Durante entrevista ao “SporTV”, o ex-goleiro da Chapecoense Jakson Follmann revelou detalhes do acidente aéreo que vitimou fatalmente vários dos seus companheiros de clube. O ex-atleta ainda está internado e perdeu uma perna. Apesar de toda tragédia vivida, Follmann afirmou que não guarda nenhum ressentimento do piloto da LaMia, Miguel Quiroga, um dos 71 mortos na queda da aeronave.

"Ele não era um cara maldoso, era um cara que tinha um coração bom também. Foi um erro humano que não cabe a nós julgar. Não (sinto raiva). Não posso sentir raiva, não devo sentir raiva e nem quero sentir raiva. Nem tenho como sentir raiva, não cabe a mim julgar. Procurei rezar, orar. Estava o Alan (Ruschel) do meu lado também. Procurou rezar, o Neto também, que estava na minha frente. Todo mundo que estava no voo, que estava perto de mim, que escutei, estava orando em voz alta. A gente sabia que alguma coisa estava errada", disse.  

O ex-jogador relembrou também de todo desespero que sentiu antes do seu resgate na região montanhosa de La Ceja, em Medellín, na Colômbia, onde o avião caiu. "No momento do choque, eu apaguei. Depois, abri os olhos, estava muito escuro. Lembro que chovia, muito frio, e eu tremia de frio. Aí gritava “socorro, não quero morrer”. Alguns dos meus amigos que estavam vivos também gritavam. Escutei o resgate chegando e gritando “polícia nacional”. O cara veio, me colocou um cobertor, e eu gritava de dor, que não sentia minhas pernas, mas tinha muita dor. Dizia que lá em cima tinha gente viva. Lembro que, no hospital, minha mãe entrou primeiro, falou comigo. Foi difícil, porque foi ali que acordei. Chorava muito, depois entrou minha noiva, meu pai. Foi quando abri os olhos e ali comecei a melhorar", afirmou. 

A alta de Jakson Follmann está prevista para a manhã desta terça-feira (24). Ele deve começar o processo de adaptação à prótese que usará na perna direita, na próxima segunda-feira (30), em São Paulo.

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