A Fifa adotou uma nova medida para o combate ao racismo no futebol. A partir de agora, jogadores poderão sinalizar para o árbitro atos racistas fazendo um gesto de mãos cruzadas. Este anúncio foi feito durante o congresso anual dos 211 membros da entidade, realizado em Bangcoc, Tailândia.
A entidade máxima do futebol não só reconheceu o racismo como uma ofensa específica dentro do código de disciplina do esporte, mas também estabeleceu punições severas para tais atitudes. As equipes poderão, inclusive, perder partidas se atos de racismo forem comprovados.
Esta decisão vem após meses de consultas com jogadores que relataram ter sido vítimas de abusos raciais, tanto de adversários quanto de torcedores. Um dos depoimentos mais impactantes foi o do brasileiro Vini Jr., atacante do Real Madrid. Durante uma recente coletiva de imprensa, Vini, visivelmente emocionado, falou sobre os ataques racistas que enfrenta frequentemente em campos espanhóis. O jogador, que iniciou sua carreira no Flamengo e hoje tem 23 anos, destacou a importância de medidas mais assertivas contra essa mazela social.
Como uma forma simbólica de protesto e conscientização, foi organizado um amistoso entre Espanha e Brasil no final de março, ressaltando o firme posicionamento contra o racismo no esporte.
