Fifa alerta sobre interferências e possíveis sanções à Confederação Brasileira de Futebol

A Fifa emitiu um comunicado no domingo (24), reforçando sua posição de que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) deve conduzir seus assuntos de forma independente. O secretário-geral da entidade que supervisiona o futebol brasileiro, Alcindo Reis Rocha, foi alertado de que quaisquer violações até a visita da Fifa ao Brasil em janeiro de 2024 podem resultar em sanções, incluindo a suspensão. Esta sanção também implicaria a perda do direito de equipes e clubes brasileiros de participar em competições internacionais.

O caso em questão foi uma ação resultante de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre a CBF e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) em 2022. Devido ao TAC, Ednaldo Rodrigues foi eleito presidente da CBF. No entanto, desembargadores consideraram esta ação como ilegal e a condenaram. A revisão foi pedida por Ricardo Teixeira e Marco Polo del Nero, ex-presidentes da CBF.

Esse TAC foi firmado porque o MP-RJ considerava ilegais as regras que regiam a eleição na confederação. Isto ocorreu devido a uma alteração no estatuto da CBF em 2017, que estabeleceu pesos diferentes para os votos de federações e clubes. Essa discrepância permitia que essas entidades votassem em conjunto para eleger o presidente, levando à eleição de Rogério Caboclo em 2017.

Caboclo foi destituído após denúncias de assédio, e Ednaldo Rodrigues, então vice-presidente, assumiu o cargo de forma interina. Opositores da eleição que tornou Ednaldo o presidente, alegaram que o TAC serviu para validar uma eleição considerada ilegal.