Bobby Kotick, ex-CEO da Activision Blizzard, empresa responsável por franquias de sucesso como Call of Duty, deixou o cargo no dia 20 de dezembro, após 32 anos de liderança. Seu desligamento da companhia se deu após a conclusão da aquisição desta pela Microsoft, em um acordo de fusão estimado em mais de 68 bilhões de dólares.
As circunstâncias da saída de Kotick estão repletas de controvérsias, marcadas por acusações de comportamento impróprio que vieram à tona em 2021. A empresa foi alvo de processo por conduta de “assédio sexual constante” às funcionárias, com alegações de que Kotick e outros executivos foram negligentes ao permitir um ambiente de trabalho tóxico e discriminatório. A Activision Blizzard contestou as acusações. Um caso que impactou ainda mais a reputação de Kotick envolveu uma alegação de ameaça de morte a um empregado, levantando críticas à sua condução na liderança da empresa.
A gestão de Kotick na Activision Blizzard também é criticada por influenciar negativamente o desenvolvimento de jogos. Funcionários e ex-funcionários expressaram insatisfação em relação às decisões do executivo, que teriam prejudicado títulos como Call of Duty e Overwatch 2. Membros da equipe de desenvolvimento relataram como a política de lançamentos anuais de Call of Duty, com poucas inovações, está diretamente ligada às diretrizes estabelecidas por Kotick.
Com a saída de Kotick, a Activision Blizzard se encontra em um período de transição sob a nova gestão da Microsoft. As consequências das revelações e as mudanças na liderança ainda refletem sobre a cultura de trabalho e a qualidade dos jogos produzidos pela empresa. As atenções se voltam agora para o futuro da Activision Blizzard e o impacto dessas transformações no mercado global de jogos eletrônicos.
