Com uma dívida superior se aproximando dos R$ 800 milhões – segundo o conselho gestor –, o Cruzeiro busca alternativas para tentar voltar a ser viável financeiramente. E uma das possibilidades estudadas, neste momento, é ter o auxílio de grupos interessados em colaborar na recuperação financeira do clube, que seriam uma espécie de financiadores.
Segundo José Dalai Rocha, presidente interino, a gestão cruzeirense recebeu quatro propostas de financiamento, sendo uma delas de um xeque árabe. Todas vindas por meio de conselheiros. Dalai não deu detalhes sobre as situações, mas disse que elas serão estudadas.
Uma delas veio por meio de Vitorio Galinari, conselheiro nato e articulador da ala do ex-presidente Wagner Pires de Sá, que prometeu entregar ao conselho gestor uma proposta árabe, explicando que se tratava de um projeto de recuperação para venda do Cruzeiro.
– Conselheiro que representa esse grupo (pediu a reunião). Não é o primeiro que quer financiar o Cruzeiro. O Cruzeiro é um potencial, apesar dessa posição momentaneamente de baixa, o Cruzeiro é uma mercadoria de altíssimo valor. Nós temos quatro propostas de financiamento. A do xeque é uma delas. Todas serão analisadas, com a meticulosidade que elas merecem – garantiu Dalai.
Dalai afirma que as propostas são diversas. Em função do curto tempo, disse que não daria para explica-las, mas em resumo afirmou: não são de compra, apenas de financiamento.
– A proposta não é comprar, é financiar, fazer uma revisão tributária, uma valorização dos recebíveis em troca de financiamento. São propostas variadas, de complexidade. Não é no momento, em cinco minutos, que você explica as propostas.
Ainda de acordo com Dalai, ele iria a Brasília nesta sexta-feira para se reunir com um dos grupos interessados na recuperação do Cruzeiro. O encontro acabou sendo adiado.
– As outras foram trazidas por conselheiros interessados em recuperar o Cruzeiro. Amanhã mesmo eu iria a Brasília encontrar com um grupo lá, mas infelizmente essa reunião foi adiada, mas tínhamos um encontro com um grupo financiador.
Vale lembrar que a atual gestão do Cruzeiro é “tampão”. O conselho gestor só ficará à frente do clube até que ocorra uma nova eleição presidencial. Inicialmente prevista para maio, há possibilidade de que ela ocorra em abril. Os candidatos ainda não foram definidos.