Um debate sobre a realidade financeira dos clubes na elite do futebol brasileiro ganhou força recentemente. O presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch, trouxe o assunto à tona ao comentar sobre o desafio dos times com menor estrutura para se manterem na Série A. Ele mencionou o Vitória como um exemplo de “clube menor” com as contas em dia, em contraste com outras equipes.
Dresch expressou preocupação com o que chamou de disparidade. Segundo ele, clubes como Mirassol, Juventude e o próprio Vitória, que mantêm a saúde financeira, enfrentam dificuldades para permanecer na divisão principal. Ao mesmo tempo, o dirigente criticou equipes que, mesmo com dívidas, continuam contratando jogadores e investindo em reforços, o que lhes daria uma vantagem competitiva desleal.
As dívidas em pauta
O presidente do Cuiabá foi além e citou nominalmente dois grandes clubes: Corinthians e Santos. Ele destacou que, em sua visão, essas equipes se beneficiam de práticas que evitam o rebaixamento, mesmo sem honrar seus compromissos financeiros. Cristiano Dresch usou exemplos concretos para sustentar seu ponto.
Existe, por exemplo, uma dívida do Corinthians com o Cuiabá no valor de R$ 18,5 milhões, referente à negociação do volante Raniele. A primeira parcela desse montante, definida em acordo, tem vencimento marcado para 17 de julho. Já o Santos, segundo o dirigente do Cuiabá, deve R$ 16,3 milhões pela aquisição do zagueiro Joaquim. As falas do presidente do Cuiabá colocam a questão da responsabilidade fiscal em evidência no cenário do futebol nacional.