Em Feira de Santana, Bahia, o panorama do futebol local desenha um cenário de incertezas e busca por reestruturação entre dois de seus maiores representantes: o Bahia de Feira e o Fluminense de Feira. Tradicionais e com uma rica história no esporte baiano, os clubes enfrentam momentos críticos que refletem as dificuldades do futebol no interior do estado.
O Bahia de Feira, conhecido por sua organização financeira, revelou uma queda considerável em seus rendimentos, culminando em seu rebaixamento. Após alcançar as quartas de final da Série D em 2023 e recordar o triunfo no Campeonato Baiano de 2011, em uma disputa emocionante contra o Vitória, o clube experimenta agora os desafios da segunda divisão. Este evento marca uma guinada significativa na sua trajetória, contrastando com suas recentes tentativas de avançar nas competições locais.
Por outro lado, o Fluminense de Feira, que não marca presença na elite do futebol baiano desde 2021, busca renovação após as adversidades enfrentadas. A equipe, que finalizou aquela temporada com resultados desfavoráveis, tem lutado para retornar à sua forma anterior, relembrando seu auge em 2017, quando demonstrou forte desempenho e alcançou as semifinais do Baianão.
Ambos os times estão envolvidos em intensos processos de reestruturação. O Fluminense de Feira iniciou uma transição para o modelo de Sociedade Anônima do Futebol (SAF), esperando superar os desafios financeiros e administrativos. A venda de parte significativa do clube para a empresa Core3 reflete a gravidade da situação e a necessidade de novas estratégias.
Enquanto isso, o Bahia de Feira vivenciou mudanças radicais após o rebaixamento, com a dispensa de todo o seu plantel e a intenção declarada de venda do clube por parte do ex-presidente, Thiago Souza. As declarações de Souza ressaltam a frustração com os problemas enfrentados, incluindo questões de arbitragem e apoio financeiro, além do desgaste emocional e financeiro causado pela falta de investimentos no futebol do interior.
Essa situação desafiadora realça a ausência das principais equipes de Feira de Santana nas competições de destaque, como o Baianão e a Copa do Nordeste. A esperança recai agora sobre os esforços de reestruturação, enquanto torcedores e a comunidade esportiva aguardam ansiosamente o renascimento do futebol na cidade, buscando reviver seus dias de glória e reafirmar sua presença no cenário do futebol baiano.
