A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou, no dia 1º de outubro, durante evento na Barra da Tijuca (Rio de Janeiro), o novo calendário do futebol brasileiro para 2026. A proposta traz mudanças na distribuição de datas, mais vagas em torneios nacionais e a criação da Copa Sul‑Sudeste.
Datas principais
O Campeonato Brasileiro foi definido para começar em 28 de janeiro e terminar em 2 de dezembro, ou seja, terá início antes do fim dos estaduais. Com isso, o Campeonato Baiano 2026 ficou marcado de 11 de janeiro a 8 de março, com um limite de 11 datas.
Quem disputa o Baianão
O Baianão reuniu clubes tradicionais e emergentes do estado. Estão na competição:
- Bahia
- Bahia de Feira
- Barcelona de Ilhéus
- Galícia
- Jequié
- Vitória
- Atlético de Alagoinhas
- Jacuipense
- Juazeirense
- Porto Sport Club
As mudanças no calendário ampliaram o número de compromissos, especialmente para clubes menores, e abriram mais portas para participação em torneios nacionais.
Vagas nas competições nacionais
Na Copa do Brasil, Atlético de Alagoinhas e Jacuipense garantiram entrada direta na segunda fase, enquanto o Porto Sport Club entrou na primeira fase. Caso o Vitória permaneça na Série A, iniciaria sua participação na Copa do Brasil a partir da quinta fase — situação que deixaria a Juazeirense começando na primeira fase.
Na Copa do Nordeste, Atlético de Alagoinhas e Jacuipense têm vagas diretas. O Vitória figurava entre os três representantes da Bahia, mas se o Vitória ou o Bahia se classificarem para torneios da Conmebol (Libertadores ou Sul‑Americana), ambos seriam impedidos de disputar o Nordestão — e a terceira vaga do estado passaria a ser da Juazeirense, pelo ranking estadual.
A Série D também foi ampliada, de 64 para 96 clubes. Como consequência, Atlético de Alagoinhas, Jacuipense, Juazeirense e Porto Sport Club asseguraram lugar na Série D de 2026, o que naturalmente aumentou o calendário dessas equipes.
Palavras dos clubes
O gerente de futebol do Jacuipense, Miguel Gomes, avaliou a temporada e projetou o próximo ano: “Então, nesse ano de 2025 nós fizemos uma boa campanha no Campeonato Baiano. Graças a Deus, conseguimos conquistar todas as vagas possíveis para o do ano de 2026, né? Copa do Nordeste, Copa do Brasil e Série D. Então temos um calendário cheio. A gente já vem se planejando nesta temporada, e em 2026, é entrar forte para disputar o Campeonato Baiano e as demais competições”.
Miguel Gomes ressaltou a necessidade de um elenco mais robusto diante do aumento de compromissos e disse que a comissão trabalhava para reforçar o plantel: “Graças a Deus a gente manteve uma boa parte do plantel. Tínhamos pelo menos 16 atletas com contrato com o clube que retornam, são atletas que já estavam nesse ano de 2025. Vamos contratar aproximadamente mais uns 10 jogadores para fazer um plantel forte e robusto para aguentar todas as competições”.
O Porto Sport Club, fundado em fevereiro de 2024, subiu rápido até a elite estadual e, ao terminar em quinto no Baianão de 2025, conquistou vaga na primeira fase da Copa do Brasil e na Série D de 2026. O presidente André Negão comentou: “O Porto Sport Club tem uma administração séria que vem trabalhando desde a sua criação para que pudéssemos ascender à série A do Baiano e chegar em um campeonato nacional. Todo bom trabalho tem suas recompensas e a nossa está sendo a Série D e a Copa do Brasil”.
O objetivo da CBF
O presidente da CBF, Samir Xaud, explicou que a proposta busca reduzir a sobrecarga de jogos das equipes da elite e, ao mesmo tempo, aumentar as oportunidades para clubes que passam longos períodos sem competições. Segundo ele, trata‑se de “uma questão de justiça esportiva, desenvolvimento sustentável e equilíbrio”.
A entidade também indicou que, mesmo com ajustes necessários em anos de Copa do Mundo, os efeitos reais dessa reestruturação devem ficar mais claros a partir de 2028. Para 2026, contudo, o que ficou confirmado é que os clubes baianos listados terão um calendário mais extenso e participação ampliada em torneios nacionais e regionais.
Mais jogos significam mais receita, mas também exigem planejamento: contratações, logística e cuidado físico dos atletas. No fim das contas, a mudança tende a dar mais visibilidade e competitividade aos clubes que vinham ficando longos períodos sem competição — e isso, para muitos, pode fazer toda a diferença em campo.