Caíque pede desculpas à torcida e diz que pressão atrapalha Leão

O goleiro Caíque foi o escolhido do Vitória para conceder entrevista coletiva nesta sexta-feira (20), no dia seguinte à décima derrota em casa do rubro-negro nesta Série A, desta vez para o Atlético-PR, por 3×2, de virada.

Justamente ele, que deixou o campo reclamando das críticas da torcida durante o jogo e falou até em deixar o Leão. Mais calmo, Caíque pediu desculpas: “Eu vi a entrevista hoje e queria pedir perdão à torcida rubro-negra. Fui infeliz demais depois do jogo, saí de cabeça quente, encostei nos repórteres e falei aquilo de que meu contrato ano que vem acaba”.

“Conversei depois daquilo com o professor (Vagner Mancini), com o Cléber (Giglio, gestor de futebol), com o presidente (Agenor Gordilho) e queria pedir desculpas. Entendi que se eles me cobram tanto é porque posso dar mais. Eles só cobram de quem sabem que pode oferecer mais ao time”, completou o goleiro, referindo à cobrança da torcida.

Pressão atrapalha

O goleiro de 20 anos tentou explicar por que as críticas podem estar influenciando nos resultados ruins dentro de casa: “A torcida é passional, eles apoiam o tempo todo quando está ganhando, mas quando o resultado não é favorável, eles começam a procurar um culpado”, afirmou.

“Por isso, às vezes nós, jogadores, ficamos inseguros. A gente sabe que se fizer algo pode ser criticado e vaiado. Fora de casa, a gente joga solto. Em casa, a gente joga pressionado. Pensa assim: ‘se eu for fazer aquele algo ali, será que vou acertar? Porque se não acertar vou ser vaiado. Então isso está atrapalhando a gente dentro de casa”, completou.

O Vitória é o pior mandante do Brasileirão, com dois triunfos, três empates e dez derrotas em 15 jogos. Embora seja o segundo melhor visitante (atrás apenas do Corinthians), o fraco desempenho em casa reflete na classificação geral: o rubro-negro é o 16º colocado, com 33 pontos. A Ponte Preta, que abre a zona de rebaixamento, em 17º lugar, tem 32.