Fábio Mota assumiu o Esporte Clube Vitória em um momento de crise administrativa e esportiva. Conseguiu levar o clube da Série C de volta à Série A, mas passou a receber críticas nesta temporada após eliminações em torneios importantes, perda do título estadual e uma campanha fraca na elite.
O que motivou as cobranças
Torcedores e associados vêm pressionando por mudanças, pedindo inclusive a transformação do clube em SAF e a troca da diretoria. As eliminações e o desempenho na Série A foram apontados como motivos principais para essa insatisfação:
- Eliminação na Copa do Nordeste
- Eliminação na Copa Sul-Americana
- Eliminação na Copa do Brasil
- Perda do título estadual
Ao mesmo tempo, a recuperação esportiva que levou o Vitória de volta à primeira divisão é usada tanto para criticar quanto para defender a gestão — um pano de fundo importante no debate.
A posição de Bellintani
Em entrevista ao canal BAR FC, o ex-presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, saiu em defesa de Mota. Ele ressaltou que aceitar assumir cargos executivos em clubes nem sempre é tarefa simples e que isso já merece reconhecimento. Bellintani trouxe à tona o contexto em que Mota encontrou o clube e o que fez desde então, lembrando que a trajetória pesa na avaliação de um dirigente.
Sobre erros de gestão, Bellintani apontou que falhas acontecem e que a experiência deve ser levada em conta antes de decisões drásticas. Como ele mesmo colocou: “As pessoas cometem erros. Quais são as melhores pessoas para cometer os erros? Todo mundo vai cometer”.
Ele também comparou sua passagem pelo Bahia com as gestões de Mota, no Vitória, e de Marcelo Paz, no Fortaleza, e fez uma defesa mais ampla: simplesmente demitir dirigentes não resolve problemas estruturais do futebol brasileiro. “Cortar a cabeça e dizer tchau… não vai resolver a vida do futebol brasileiro, só vai piorar”, afirmou.
O posicionamento público de Bellintani reacendeu o debate sobre a permanência da diretoria, possíveis eleições internas e a pressão por mudanças institucionais, enquanto torcida e diretoria do Vitória seguem em posições divergentes sobre os rumos do clube.