Titular do Atlético-MG, cobiçado por clubes da Europa e convocado para a seleção brasileira. A vida do baiano Jemerson mudou da água para o vinho em 2015. Aos 23 anos, o jogador nascido em Jeremoabo, interior baiano, começa a colher os frutos depois de muito trabalho duro na roça. Até os 16 anos o garoto atuava na várzea quando foi levado por amigo para o Confiança-SE. As boas atuações chamaram a atenção do clube mineiro e ele migrou para a Cidade do Galo.
Jemerson passou ainda pelo Democrata-MG antes de se firmar de vez no time de Levir Culpi. Sem David Luiz, expulso no empate com a Argentina, o defensor foi o escolhido de Dunga para compor o elenco que encara o Peru, nesta terça-feira (17), na Arena Fonte Nova. Apesar do bom momento e projeções de vestir a camisa amarelinha, ele conta que não acreditou quando recebeu a ligação de Gilmar Rinaldi, coordenador de seleções da CBF.
"Eu estava voltando para casa com um amigo, no trânsito. Me ligaram e passaram o telefone para o Gilmar (Rinaldi), achei que era trote. Liguei para meu empresário e ele não atendia. Fiquei mais nervoso ainda. Achava que era trote mesmo", explicou Jemerson durante coletiva neste domingo (15), na Arena Fonte Nova.
A felicidade estava estampada na cara de Jemerson. Se definindo "técnico e veloz", ele foi deixando a timidez de lado durante o bate-papo e chegou a projetar um duelo contra o atacante peruano Guerrero. Porém, Jemerson deve começar a partida no banco para Gil, do Corinthians, que chegou a entrar durante o confronto em Buenos Aires.
"Eu já enfrentei o Guerrero duas ou três vezes. Fui feliz em todas as partidas. O segredo é encostar muito nele. Se for disputar no corpo a corpo, dificilmente você vai ganhar. E se ele der uma brecha, você precisa tentar tomar a bola dele", explicou.
Seguro dentro de campo, o baiano só derrapou ao ficar na torcida para os clubes terra na Série B. "Gosto dos dois. Espero que os dois subam. Eles merecem estar lá", disse o defensor sem saber que o Bahia já não tem mais chances de conquistar o acesso.
