O Bahia teve sua sequência invicta de dez jogos em casa interrompida na segunda-feira (15), com a derrota para o Cruzeiro na Arena Fonte Nova, em Salvador. Após o jogo, o técnico Rogério Ceni criticou uma falha de marcação que resultou na virada e disse que o placar não traduziu o que a equipe apresentou em campo.
O balanço de Ceni
Na coletiva, Ceni afirmou que, de modo geral, o time foi superior. Mas destacou decisões individuais que abriram espaço para finalizações adversárias. Ele lamentou perder em casa e prometeu analisar os erros, lembrando que a derrota pesou especialmente por ter acontecido diante da torcida.
“Não posso ser injusto com os jogadores hoje, mas a não ser em momentos pontuais, não pode deixar o jogador conduzir e chutar. Isso é uma tomada de decisão que temos que ter por si próprio.”
O treinador também apontou que o Cruzeiro só ameaçou mais nos últimos 15 minutos, mas que isso não diminui a frustração de ver o resultado contrário no placar.
Sobre o desempenho individual
Questionado sobre a fase do atacante Cauly, Ceni respondeu com ironia, lembrando cobranças que outros jogadores já sofreram. Explicou que a escolha de deixá‑lo no banco foi tática: entrou nos minutos finais para fazer uma função de fora para dentro. Como disse o técnico, Cauly é um bom jogador — a diferença foi que o time perdeu o jogo; se tivesse vencido, talvez ninguém fizesse as mesmas perguntas.
Além disso, Ceni explicou a ausência de David Duarte. O zagueiro sentiu a coxa durante o aquecimento e foi vetado minutos antes do início da partida. Exames seriam realizados para definir a gravidade e dar um posicionamento mais preciso.
O comandante mostrou preocupação com o quadro de lesões ao projetar os próximos compromissos. Com duas partidas seguidas fora de casa, começar pelo duelo contra o Ceará, no sábado (20), na Arena Castelão, ele admitiu que será difícil contar com reforços imediatos, mesmo que alguns jogadores evoluam fisicamente.
No fim, a sensação ficou entre a frustração pela derrota em Salvador e a preocupação prática: recuperar atletas no curto prazo para encarar a sequência longe dos domínios do clube.