O ataque do Bahia no Campeonato Brasileiro tem chamado atenção, e não de forma positiva. Após dez rodadas, o Tricolor balançou as redes apenas nove vezes. Esse desempenho coloca o time como o menos efetivo no setor ofensivo entre os dez primeiros colocados da tabela, mesmo ocupando a 7ª posição, com 15 pontos.
É interessante notar que o número de gols anotados pelo Esquadrão é inferior ao de quatro outros clubes da Série A. Três desses times, Sport (5), Juventude e Santos (ambos com 8), estão na zona de rebaixamento, e mesmo assim marcaram mais vezes que o Bahia. Até o Vitória, outro clube nas últimas posições, com 10 gols, superou o Tricolor neste quesito.
A visão do treinador
Essa escassez de gols, claro, preocupa a comissão técnica. O próprio treinador Rogério Ceni comentou abertamente sobre o problema após uma eliminação recente. “No Brasileiro, temos menos gols que jogos”, falou o técnico. Ele destacou a necessidade de trabalhar a finalização, buscando mais calma e tranquilidade na hora de concluir as jogadas.
Rogério Ceni completou: “Se não for assim, a gente vai depender sempre de manter o zero no placar. Temos que fazer mais jogos com dois, três gols. Você sempre está flertando com o risco.” Fica claro que a falta de gols adiciona uma pressão extra sobre a defesa.
Oportunidades perdidas
Mas o que explicaria essa dificuldade? Apesar do baixo número de gols, os dados mostram um cenário curioso. O Bahia aparece entre os times que mais criam oportunidades no campeonato. O Tricolor é o segundo clube que mais gerou grandes chances (25), atrás apenas do Flamengo (28). No entanto, o time lidera em um ranking indesejado: o desperdício dessas oportunidades, com 17 chances claras perdidas até agora.
O desempenho nos arremates também reforça esse ponto. O Bahia é apenas o 16º em número de finalizações por jogo, com uma média de 11,1. E o número de chutes que realmente vão na direção do gol adversário é ainda menor: apenas 2,9 por partida. Isso indica uma dificuldade não só em criar, mas em concluir com precisão.
Enquanto o ataque busca soluções, a defesa também requer atenção. O Bahia sofreu dez gols em dez partidas, o que dá uma média de um gol por jogo. O time só conseguiu passar três jogos sem ser vazado até o momento, mostrando que a retaguarda também não tem sido um ponto de total segurança.
Com todas essas questões em pauta, o Tricolor agora vira a chave e foca no próximo desafio. O duelo será contra o São Paulo, no próximo sábado, dia 31, às 18h30. A torcida espera que o Bahia consiga reencontrar o caminho dos gols neste Brasileirão e aliviar a pressão sobre o setor ofensivo.