Esportes
Assessores de Vinicius Junior acusam polícia de minimizar denúncia de racismo
Assessores de Vinicius Junior denunciam ato de racismo e acusam a polícia de minimizar a gravidade do caso.
Os assessores de Vinicius Junior, jogador brasileiro do Real Madrid, afirmam que a polícia tentou “minimizar” a denúncia de racismo feita por Felipe Silveira, assessor pessoal do atleta. Segundo Silveira, ele recebeu uma banana das mãos de um segurança do estádio RCDE, em Barcelona, antes do jogo do Brasil contra a Guiné no último sábado (17).
O assessor de Vini relatou que, ao acompanhar Silveira à delegacia próxima ao estádio, ficou evidente que o racismo não é considerado crime pelas autoridades espanholas. Um policial responsável pelo caso alertou que um juiz poderia interpretar o gesto como uma brincadeira, e não como uma ofensa. Já um segundo policial lamentou o caso e mencionou casos anteriores de racismo envolvendo o ex-jogador do Barcelona, Samuel Eto’o.
Silveira optou por não falar com a imprensa, e posteriormente, ele e a equipe de Vinicius deixaram a Espanha com destino a Portugal, onde acompanharão o próximo jogo da seleção brasileira contra Senegal, em Lisboa, na terça-feira (20).
Durante o registro da denúncia, Felipe Silveira solicitou que imagens do caso sejam anexadas ao processo. No entanto, há pouca esperança de que haja punição. Um dos assessores destacou a preocupação com a atitude das autoridades e a tentativa de minimizar o caso: “O que mais me chamou a atenção foi como todas as pessoas, inclusive as autoridades e chefes de segurança, tentaram minimizar e normalizar o incidente, alegando que isso faz parte da cultura espanhola”.
O ato racista ocorreu em um momento simbólico, já que a partida foi escolhida pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) como um marco no combate ao racismo. A seleção brasileira entrou em campo vestindo uniforme preto pela primeira vez em seus 109 anos de história, e os jogadores de ambas as equipes se ajoelharam ou sentaram durante o minuto de silêncio.
Mensagens como “Racismo é crime”, “Com racismo não tem jogo” e “Vamos expulsar o racismo” foram exibidas nos telões e nas placas de publicidade do estádio. Além disso, artistas brasileiros negros tiveram suas músicas tocadas nos alto-falantes antes e durante o jogo.
Vinicius manifestou sua indignação com o caso por meio de uma postagem no Twitter, afirmando: “Enquanto eu vestia a camisa preta histórica e me emocionava, meu amigo era humilhado e ridicularizado na entrada do estádio”. O jogador também questionou as autoridades responsáveis, pedindo a divulgação das imagens das câmeras de segurança como forma de esclarecer a situação.
O jogo entre Brasil e Guiné terminou com uma vitória expressiva da seleção brasileira por 4 a 1. Joelinton e Rodrygo abriram o placar, e Guirassy, da Guiné, marcou de cabeça ainda no primeiro tempo. Na segunda etapa, Éder Militão e Vinicius Junior, em cobrança de pênalti, ampliaram o placar.
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