A Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (Anaf) propôs a suspensão do Campeonato Brasileiro de 2024 devido a acusações de manipulação por parte de John Textor, empresário e proprietário da SAF do Botafogo. Segundo o presidente da Anaf, Salmo Valentim, as alegações de Textor colocam em dúvida a credibilidade do VAR.
Em recente depoimento à CPI de Manipulação das Apostas Esportivas, Textor apresentou evidências que sugerem manipulações nos resultados das partidas do Brasileirão de 2022 e 2023, anos em que o Palmeiras saiu campeão. Uma próxima sessão da comissão está marcada para essa quarta-feira, às 14h, para discutir as provas apresentadas pelo empresário.
“Temos indícios suficientes para investigar profundamente e chegarmos a conclusões nas próximas reuniões”, declarou o presidente da CPI, senador Jorge Kajuru.
Em uma nota direta e contundente, a Anaf expressou: “É PRECISO PARAR O BRASILEIRÃO 2024 antes que façam o VAR virar caso de polícia”. Essa reação vem em meio a chamadas de árbitros insatisfeitos e o desejo expresso de muitos em interromper a competição em protesto aos recentes acontecimentos.
A crítica não se restringe apenas às manipulações citadas, mas também ao ex-presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues. Acusado de negligenciar suas responsabilidades, incluindo o não pagamento de árbitras que trabalham em torneios nacionais femininos desde o ano passado. Essa gestão é vista como um retrocesso tanto para o futebol quanto para a arbitragem no Brasil.
Além disso, há descontentamento com Wilson Seneme, ex-diretor de árbitros da Conmebol, acusado de falta de preparo e liderança, levando a arbitragem brasileira a um nível crítico de exposição e descrédito, como evidenciado nas sessões do Senado Federal.
Essa série de eventos e acusações culmina no apelo da Anaf pela paralisação do Brasileirão, com um clamor significativo de árbitros que demandam respeito ao futebol e uma gestão mais competente e ética por parte das autoridades máximas do esporte no país.
