Agasalhos da Seleção apoiam luta antirracista em leilão beneficente

Em um gesto emblemático antes do amistoso internacional contra a Espanha, no Estádio Santiago Bernabéu, os jogadores da Seleção Brasileira vestiram agasalhos pretos, em uma clara demonstração de apoio à luta antirracista. Estas peças de vestuário, que foram exibidas durante a execução dos hinos nacionais, são mais do que simples elementos de moda; elas carregam uma mensagem poderosa. Criadas exclusivamente para esse evento, elas serão agora doadas ao Observatório da Discriminação Racial no Futebol, uma instituição dedicada a monitorar, denunciar e incentivar diálogos sobre o racismo no esporte.

Dentro de campo, o amistoso teve sua dose de emoção, com um placar equilibrado de seis gols, culminando em um empate entre Brasil e Espanha. O técnico Dorival, satisfeito com a performance da equipe, vê um futuro promissor para a Seleção sob sua liderança. Este jogo não foi apenas uma exibição de habilidades futebolísticas, mas também um ato simbólico importante na luta contínua contra o racismo.

Ednaldo Rodrigues, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), ressaltou a importância da iniciativa. “Esses agasalhos históricos serão usados na luta antirracista. Vamos doar todas essas peças para a campanha de combate ao racismo no Brasil,” afirmou, indicando que os recursos obtidos no leilão das peças serão utilizados para financiar o Observatório da Discriminação Racial no Futebol e seus esforços contra o racismo.

Este Observatório, estabelecido em 2014, tem sido um parceiro estratégico da CBF em ações antirracistas. Em novembro de 2023, pelo segundo ano consecutivo, a entidade teve o apoio da CBF na divulgação de seu nono Relatório da Discriminação Racial no Futebol, um documento que lança luz sobre os desafios enfrentados e os avanços realizados na luta contra o racismo no cenário esportivo.

Esta parceria entre os jogadores da Seleção, a CBF, e o Observatório da Discriminação Racial no Futebol destaca o papel fundamental do esporte, não só como entretenimento, mas como um veículo de mudança social, impulsionando a luta contra o racismo e promovendo a igualdade dentro e fora dos campos.