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Entretenimento

Preta Gil: família escolhe Igreja do Rosário dos Pretos como destino das cinzas

Família de Preta Gil escolhe Igreja do Rosário dos Pretos como destino simbólico das cinzas da cantora, em retorno às raízes ancestrais e conexão espiritual com Salvador.

Última atualização: 03/08/2025 11:31
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A decisão da família de Preta Gil sobre o destino das cinzas da cantora revela uma escolha profundamente simbólica e carregada de significado espiritual. Entre os locais que receberão pequenas porções dos restos mortais da artista, a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, no Centro Histórico de Salvador, emerge como um destino especial que representa o retorno às raízes ancestrais e a perpetuação de sua memória em um espaço sagrado para a cultura afro-brasileira.

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A cantora e empresária, que faleceu em 20 de julho aos 50 anos após uma corajosa luta contra o câncer no intestino, mantinha uma conexão espiritual profunda com a histórica igreja do Pelourinho, onde celebrou momentos decisivos de sua jornada de fé e cura. Foi neste templo centenário, construído pelos próprios escravos no século XVIII, que Preta viveu um dos episódios mais marcantes de sua batalha contra a doença: a “missa da cura”, realizada em janeiro de 2024.

O retorno simbólico às origens

A escolha da Igreja do Rosário dos Pretos como um dos destinos das cinzas de Preta Gil transcende uma simples decisão familiar. Representa um retorno simbólico às origens, um reencontro com as raízes que moldaram não apenas sua identidade artística, mas também sua espiritualidade e conexão com a ancestralidade afro-brasileira.

Segundo informações do colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo, a família decidiu dividir pequenas porções das cinzas entre parentes e amigos próximos da artista. Cada um poderá guardar como lembrança ou escolher um destino simbólico para o material, numa forma de manter viva a presença de Preta em diferentes espaços e afetos. Entre esses destinos especiais, a Igreja do Rosário dos Pretos se destaca como um local de profundo significado espiritual e cultural.

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A missa da cura: um marco espiritual

Em 5 de janeiro de 2024, a primeira sexta-feira do ano, Preta Gil protagonizou um dos momentos mais emocionantes de sua jornada de fé. Vestida toda de branco, conforme manda a tradição das religiões afro-brasileiras, a cantora reuniu família e amigos na Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos para celebrar a remissão do câncer no intestino, descoberto em janeiro de 2023.

A celebração, que ficou conhecida como a “missa da cura”, foi presidida pelo padre Lázaro Muniz e contou com a presença de figuras importantes da vida de Preta: seu pai Gilberto Gil, a madrasta Flora Gil, a atriz Regina Casé acompanhada do filho Roque, além de amigos próximos como o escritor Clarindo Silva e o humorista Gominho. O momento ganhou ainda mais simbolismo com as participações musicais do instrumentista baiano Armandinho, que tocou o Hino ao Senhor do Bonfim, e do cantor Del Feliz.

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“Eu sou uma mulher abençoada mesmo, poder estar aqui em Salvador na primeira sexta-feira do ano, celebrando a vida, não só a minha vida, mas a de todos”, declarou Preta na ocasião, demonstrando a gratidão que marcaria toda sua trajetória de luta contra a doença. “Estou aqui para receber uma benção que é estar viva. Isso é muito gratificante, hoje realmente só tenho gratidão.”

O padre Lázaro Muniz, que também presidiu a missa de sétimo dia da cantora, relembra a espiritualidade profunda que Preta demonstrou naquele momento: “Com profunda espiritualidade, ela participou da missa rezando e agradecendo a Deus por aquele momento”. Suas palavras durante a celebração ecoaram pela igreja histórica: “Que a vida de Preta Gil e a vida de cada um de nós seja cada dia mais valorizada, cuidada e celebrada. Temos que ficar unidos como irmãos e irmãs, porque a fé não costuma faiá.”

Um templo de resistência e fé

A Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos não foi escolhida por acaso como cenário para momentos tão significativos da vida de Preta Gil. Este templo histórico, localizado no coração do Pelourinho, carrega em suas pedras mais de três séculos de história, resistência e fé da comunidade afro-brasileira.

Construída a partir de 1704 pela própria Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, formalmente constituída em 1685, a igreja representa uma das primeiras organizações religiosas de ajuda mútua criadas por negros escravos e alforriados no Brasil. O templo foi erguido pelas mãos dos próprios irmãos negros, incluindo escravos, que doavam seu trabalho para a construção em suas horas livres, num processo que durou quase um século.

A irmandade era relativamente pobre, mas a determinação e a fé moveram montanhas. Literalmente. Cada pedra colocada, cada detalhe arquitetônico, cada azulejo português que hoje adorna suas paredes conta a história de um povo que, mesmo em condições adversas, encontrou na fé e na união a força para criar algo duradouro e belo.

Preta Gil frequentava esta igreja desde a infância, estabelecendo uma conexão que transcendia o aspecto religioso para se tornar um elo com suas raízes ancestrais. A igreja, que preserva sua história ligada aos negros, mantém em sua liturgia elementos que fazem uso de música inspirada nos terreiros de Candomblé, sendo um exemplo vivo do sincretismo baiano.

Nas terças-feiras, durante a “Terça da Bênção”, instrumentos de candomblé acompanham a missa católica, criando uma atmosfera única que conecta o sagrado cristão com as tradições africanas. É também o ponto central dos festejos de Santa Bárbara e Iansã, demonstrando como a igreja se tornou um espaço de confluência entre diferentes manifestações da fé afro-brasileira.

As raízes da família Gil na Bahia

Para compreender a profundidade da conexão de Preta Gil com Salvador e, especificamente, com a Igreja do Rosário dos Pretos, é fundamental entender as raízes profundas que a família Gil possui na Bahia. Gilberto Gil, seu pai, nasceu em Salvador em 26 de junho de 1942, numa família que já possuía tradição e reconhecimento social na capital baiana.

José Gil Moreira, avô de Preta e pai de Gilberto, era médico. Claudina Passos, sua avó, era professora. A família já pertencia à classe média quando Gilberto nasceu, uma conquista notável considerando as barreiras sociais impostas às famílias negras no Brasil da primeira metade do século XX. Como o próprio Gilberto relembra: “Quando eu nasci, quando eu cheguei, a família já era de classe média. No conjunto da família, o grau de emancipação para os padrões brasileiros era bem elevado.”

A árvore genealógica da família Gil revela histórias fascinantes de resistência e conquista. O bisavô José Gil Moreira chegou ao posto de tenente-coronel da Guarda Nacional da Bahia. Mais impressionante ainda é a descoberta de que a família tinha em suas fileiras abolicionistas ativos: Jesuíno e Ismael Ribeiro dos Santos, que chegaram a assinar manifestos em jornais convocando os baianos para que se unissem pela emancipação total dos escravos na Bahia.

Essa herança de luta e resistência se reflete na composição genética da família. Estudos de DNA revelaram que cerca de 31% da composição genética de Gilberto Gil é de origem africana, com heranças específicas de Benim, Uganda, Angola, Serra Leoa e Nigéria. Curiosamente, a maior parte dos escravizados trazidos para a Bahia era justamente de Benim, criando uma conexão ancestral direta entre a família Gil e as origens da comunidade afro-baiana.

Lydia Gil Moreira, tia-avó de Gilberto que ele chamava carinhosamente de avó, foi quem o alfabetizou. Educadora por vocação, ela representa o valor que a família sempre deu à educação como ferramenta de emancipação e progresso social. “Minha vó Lydia. Foi ela que me alfabetizou”, relembra Gilberto com carinho, demonstrando como as mulheres da família foram fundamentais na formação dos valores que seriam transmitidos às gerações seguintes, incluindo Preta Gil.

O simbolismo do retorno às raízes

A decisão de destinar parte das cinzas de Preta Gil à Igreja do Rosário dos Pretos carrega múltiplas camadas de significado que vão muito além de uma simples escolha religiosa. Representa um retorno simbólico às origens, um reconhecimento das raízes ancestrais que moldaram sua identidade e uma forma de perpetuar sua memória em um espaço que simboliza a resistência, a fé e a cultura afro-brasileira.

Durante a missa de sétimo dia, realizada no Santuário Santa Dulce dos Pobres e presidida pelo mesmo padre Lázaro Muniz da Igreja do Rosário dos Pretos, o produtor cultural Geraldo Badá, amigo próximo da família e organizador tanto da missa da cura quanto da cerimônia de sétimo dia, fez um anúncio emocionante: “Vamos fazer a missa de 30º dia lá no Rosário dos Pretos.”

Essa declaração confirma que a igreja continuará sendo um ponto de referência espiritual para a memória de Preta Gil, mantendo viva a conexão que ela estabeleceu com este espaço sagrado. O local onde ela celebrou a vida e agradeceu pela primeira vitória contra o câncer será também onde sua memória será honrada e onde parte de sua essência física encontrará descanso.

Um encontro que marcou vidas

Durante a missa da cura, em janeiro de 2024, Preta Gil viveu um momento que exemplifica sua generosidade e empatia. Na entrada da igreja, ela encontrou Fabíola Gomes Passos, de 58 anos, que estava em Salvador há cerca de seis meses para tratar o mesmo tipo de câncer no intestino que acometeu a cantora.

Fabíola se apresentou para Preta e mostrou a bolsa de colostomia – a mesma que a artista havia usado durante seu tratamento. Para Fabíola, Preta era uma inspiração: “Estou passando pela mesma doença e me inspiro muito nela, porque não é fácil passar por isso. A acompanhei por todo o tratamento e ela me inspira muito na luta.”

A resposta de Preta revelou a profundidade de sua espiritualidade e compaixão: “Acabei de encontrar uma moça com uma bolsa de colostomia, que vai retirar. Esse momento é o que eu oro, rezo, não só pela minha recuperação, mas como a de todos que estão se recuperando do tratamento oncológico ou de qualquer outra enfermidade.”

Esse encontro, ocorrido nos degraus da Igreja do Rosário dos Pretos, simboliza como o templo se tornou um espaço de esperança, cura e solidariedade, valores que Preta Gil incorporou e transmitiu ao longo de sua vida.

Um legado que transcende a música

Preta Gil era mais do que uma cantora e empresária. Era embaixadora das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID) e mantinha uma devoção profunda a Santa Dulce dos Pobres desde a infância. Durante a pandemia, ela se aproximou ainda mais da instituição, realizando lives beneficentes, organizando bazares e atuando ativamente em campanhas de arrecadação.

Maria Rita Pontes, superintendente das Obras Sociais Irmã Dulce, relembra a dedicação da artista: “Em 2021, ela se aproximou da gente a partir de sua devoção, desde a infância, à Irmã Dulce. Na pandemia, Preta nos ajudou com uma live, dois bazares e passou a atuar como embaixadora das OSID, pedindo ajuda, fazendo campanhas. Antes e ao longo de sua doença, ela esteve aqui no Santuário sete vezes.”

Essa dedicação ao próximo, especialmente aos mais necessitados, reflete os valores que ela absorveu tanto de sua família quanto de sua conexão espiritual com espaços como a Igreja do Rosário dos Pretos, onde a tradição de ajuda mútua e solidariedade remonta aos tempos da escravidão.

A perpetuação de uma memória viva

A cremação de Preta Gil ocorreu em 25 de julho, em uma cerimônia íntima restrita à família, logo após o velório aberto ao público realizado no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Seu corpo havia sido embalsamado para permitir o transporte de Nova York, onde ela faleceu durante um tratamento experimental, de volta ao Brasil.

A decisão de dividir as cinzas entre familiares e amigos próximos representa uma forma contemporânea e democrática de lidar com a memória dos entes queridos. Cada pessoa que receber uma porção das cinzas poderá escolher o destino que considerar mais significativo, criando múltiplos pontos de memória e homenagem espalhados pelos lugares e pessoas que foram importantes na vida de Preta.

No caso da Igreja do Rosário dos Pretos, o destino escolhido transcende o aspecto pessoal para se tornar um símbolo coletivo. As cinzas de Preta Gil, depositadas neste templo histórico, representarão não apenas a memória individual da artista, mas também a continuidade de uma linhagem de resistência, fé e cultura afro-brasileira que remonta aos primeiros africanos que pisaram em solo baiano.

O retorno ao sagrado

A escolha da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos como destino para parte das cinzas de Preta Gil fecha um ciclo simbólico que começou na infância da cantora e se intensificou durante sua luta contra o câncer. É o retorno de uma filha ilustre da Bahia ao ventre sagrado que a acolheu nos momentos de maior necessidade espiritual.

Neste templo centenário, construído pelas mãos de escravos que sonhavam com liberdade e dignidade, as cinzas de Preta Gil encontrarão descanso eterno ao lado de gerações de ancestrais que, como ela, lutaram, resistiram e mantiveram viva a chama da esperança. É uma forma poética e profundamente significativa de honrar não apenas a memória individual da artista, mas também a memória coletiva de um povo que transformou dor em arte, opressão em resistência e fé em força transformadora.

A Igreja do Rosário dos Pretos, que testemunhou a celebração da cura de Preta Gil, agora se prepara para receber parte de sua essência física, completando um ciclo de vida, morte e transcendência que ecoa os mistérios mais profundos da fé e da ancestralidade afro-brasileira. Em suas pedras centenárias, a memória de Preta Gil se juntará à de todos aqueles que, antes dela, encontraram neste espaço sagrado um refúgio para a alma e um porto seguro para a esperança.

TAGS:cinzasfamília GilIgreja do Rosário dos PretosPreta Gilsalvador
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