A franquia Invocação do Mal teve um encerramento definitivo com o quarto filme, O Último Ritual (The Conjuring: Last Rites), lançado em 2025. Em vez de apostar só em sustos, o filme escolheu um tom mais íntimo para fechar a história do casal de investigadores Ed e Lorraine Warren.
Uma história que atravessa décadas
Tudo começa em 1964: um espelho amaldiçoado quase causa a morte de Lorraine durante o parto da filha Judy, um evento que deixa marcas profundas na família. Anos depois, o mesmo espelho reaparece na casa da família Smurl e desencadeia uma série de fenômenos paranormais que afetam os moradores.
Com o passar do tempo, Judy — agora adolescente — desenvolve poderes psíquicos mais fortes. Depois da morte do padre Gordon, ela decide investigar por conta própria. Ao mesmo tempo, Ed e Lorraine retomam a busca pela filha e acabam novamente diante da entidade ligada ao objeto.
O confronto final
No clímax, Judy une suas habilidades psíquicas às de Lorraine, enquanto Ed contribui com orações. Juntas, essas forças conseguem romper o vínculo do espírito com o espelho. O artefato é destruído e a família Smurl volta a ter tranquilidade. O objeto, por sua vez, é levado para o acervo do conhecido museu oculto dos Warren.
Foi um momento que misturou fé, investigação e emoção — menos choque gratuito, mais fechamento afetivo. E quem não fica aliviado quando a família consegue retomar a rotina?
Desfecho pessoal e legado
O tom do filme muda para algo mais pessoal após a derrota da entidade: Judy casa-se com Tony numa cerimônia que reúne personagens das obras anteriores. O último quadro mostra Ed e Lorraine, já envelhecidos, dançando no casamento da filha — uma cena que dá um fechamento caloroso à trajetória do casal.
Os créditos finais também lembram fatos da vida real: Ed sofreu um derrame aos 74 anos e Lorraine cuidou dele até sua morte; Lorraine faleceu aos 92 anos. Mesmo com o fim da jornada dos Warren, o filme deixa pistas para o futuro: Judy é apresentada como possível herdeira do legado da família e o museu dos Warren permanece como ponto de partida para novas histórias e possíveis spin-offs.
Repercussão e memória
No estado da Bahia, onde tradições religiosas e práticas espirituais têm presença histórica, o encerramento foi visto como um fechamento emotivo para a saga que sempre misturou investigação e fé. O filme reacendeu curiosidade sobre como a mitologia da franquia poderá continuar em outras formas.
No fim das contas, O Último Ritual não só destruiu o espelho amaldiçoado como também entregou um encerramento humano para os Warren — e deixou a porta entreaberta para o que ainda pode vir.