Uma disputa entre a Motion Picture Association (MPA) e a controladora do Instagram, a Meta Platforms, começou depois que o Instagram passou a descrever contas de adolescentes como orientadas por padrões “PG-13“, segundo o Wall Street Journal.
O que aconteceu
Em outubro, o Instagram anunciou que contas de usuários adolescentes seguiriam diretrizes guiadas por padrões “PG-13”. A MPA enviou então uma notificação à Meta pedindo que o termo fosse retirado, argumentando que a expressão pode confundir o público ao ligar a moderação automatizada das redes sociais ao sistema de classificação de filmes, em vigor desde 1968.
Por que a MPA se incomodou?
A associação afirma que a classificação de cinema resulta de avaliações humanas — feitas por pais e representantes — e não de algoritmos ou ferramentas automáticas. “Qualquer insatisfação com a classificação automatizada da Meta levará o público a questionar a integridade do nosso sistema”, disse Naresh Kilaru, advogado da MPA.
Mas por que isso importa? Para a MPA, usar um rótulo associado a filmes pode dar a impressão errada de que o mesmo processo de avaliação humana está sendo aplicado às redes sociais.
Resposta da Meta
A Meta afirmou que nunca alegou ter certificação oficial da MPA e que empregou o termo apenas como uma referência comparativa. Segundo a empresa, a mudança nas contas de adolescentes tinha como objetivo ajudar pais a entender melhor o tipo de conteúdo ao qual os filhos estavam expostos.
Contexto
A preocupação da MPA também é sobre preservar a credibilidade do selo cinematográfico. O episódio surgiu em meio a críticas mais amplas sobre como a Meta protege adolescentes online — reportagens do Wall Street Journal mostraram testes em que assistentes de inteligência artificial da empresa mantiveram conversas inadequadas com menores.
Nas informações divulgadas pelo jornal não há indicação de medidas legais ou audiências futuras relacionadas à notificação entre a MPA e a Meta.

