Maria Carol Rebello publicou nas redes sociais, na sexta-feira (24), um vídeo em que falou sobre o luto e explicou por que decidiu transformar a história do irmão em filme. O irmão, o ex-ator mirim João Rebello, foi assassinado por engano em Trancoso, em Porto Seguro (Bahia).
Ela lembrou o primeiro ano desde a perda: ‘Hoje faz um ano que eu olho profundamente nos olhos da minha mãe e a gente se pergunta: “por quê?”‘. Como seguir em frente depois de uma dor assim?
Mesmo tendo sido criada em uma religião que enxerga desfechos como formas de evolução, Maria Carol contou que ainda tem dificuldade em entender o que aconteceu com o irmão. ‘Um ano se passou e eu não acredito, eu acho que nunca vou acreditar. Todos os dias eu acordo dos meus sonhos para viver o pesadelo de não ter as pessoas que eu mais amei na vida do meu lado’, desabafou.
Ela explicou que transformar essa dor em um documentário também tem um propósito familiar: acolher a mãe e manter viva a memória de João. ‘Enquanto eu puder falar de você, enquanto eu reverberar a sua arte pelo mundo, você não morre nunca’, justificou ao apresentar o projeto.
O caso
O crime ocorreu no dia 24 de outubro do ano passado, quando João Rebello foi executado a tiros enquanto estacionava o carro no centro de Trancoso. As investigações indicaram erro de identificação: o alvo real, segundo apuração, seria outro homem ameaçado por traficantes da região e que dirigia um veículo semelhante.
Documentário e homenagem
O documentário Fôlego — Até Depois do Fim presta homenagem a:
- João Rebello
- Jorge Fernando
- Hilda Rebello
O filme foi escrito e estrelado por Maria Carol, dirigido por Candé Salles e produzido por Maria Rebello, mãe de João.
Um ano depois, a perda segue presente. O documentário nasce dessa necessidade de lembrar, de acolher e de dar voz ao que ficou.

