O advogado criminalista e influenciador digital João Francisco de Assis Neto, conhecido como João Neto, foi condenado a quatro anos e dois meses de prisão por violência doméstica contra sua ex-companheira, Adriana Bernardo Santos, em Maceió, Alagoas. A decisão foi proferida pelo 2º Juizado de Combate à Violência Doméstica de Alagoas, que também determinou o pagamento de R$ 40 mil em indenização à vítima. O cumprimento da pena será em regime aberto, com monitoramento por tornozeleira eletrônica, já que o estado não possui regime semiaberto disponível.
O caso ganhou repercussão nacional em abril de 2025, quando João Neto foi preso em flagrante após agredir a então namorada em seu apartamento. Imagens de câmeras de segurança do prédio mostram a vítima saindo do local com o queixo sangrando, após ser retirada à força e empurrada pelo advogado. Ela precisou de atendimento hospitalar e levou três pontos no ferimento. Testemunhas e prestadores de serviço confirmaram a versão da vítima, que relatou um histórico de relacionamento abusivo.
Após 29 dias preso, João Neto foi liberado, mas teve o registro profissional suspenso preventivamente pela OAB/BA por 90 dias, devido à gravidade das acusações e à conduta considerada antiética nas redes sociais. Mesmo suspenso, o advogado voltou a publicar conteúdos na internet, agora ao lado de uma nova companheira, e afirmou estar sendo perseguido pela Ordem dos Advogados do Brasil.
Além da condenação criminal, o Ministério Público de Alagoas solicitou que João Neto quite dívidas de cartão de crédito contraídas em nome da ex-companheira e restabeleça o plano de saúde da vítima. O processo segue em segredo de Justiça, e a defesa do advogado ainda pode recorrer da decisão.
A Justiça determinou que João Neto cumpra a pena em casa, monitorado por tornozeleira eletrônica, e mantenha as medidas protetivas em favor da vítima. O caso segue em tramitação, com possibilidade de novos desdobramentos judiciais.