A Justiça de São Paulo determinou o bloqueio do salário da apresentadora Ana Hickmann na Record TV, atendendo a um pedido do Banco Sofisa, que cobra uma dívida de R$ 1,6 milhão. A decisão, expedida na terça-feira (17), prevê que os valores pagos pela emissora a empresas ligadas à apresentadora e à sua família sejam retidos para garantir o cumprimento da dívida judicialmente cobrada.
Entenda o caso e os desdobramentos judiciais
O processo movido pelo Banco Sofisa alega que Ana Hickmann teria confundido, de forma proposital, seu patrimônio pessoal com o das empresas Hickmann Serviços e Blue Negócios e Serviços, esta última criada por sua irmã, Isabel Hickmann. Segundo o banco, a mudança no recebimento do salário da apresentadora — que passou da Hickmann Serviços para a Blue Negócios — seria uma tentativa de ocultar bens e dificultar o acesso dos credores aos valores devidos.
A defesa de Ana Hickmann, por sua vez, afirma que o contrato que originou a dívida apresenta indícios de fraude, incluindo a suposta falsificação da assinatura da apresentadora. Por esse motivo, o processo principal está suspenso, enquanto a equipe jurídica recorre da decisão de bloqueio. Em nota, a assessoria de Ana reforçou que a apresentadora não reconhece a dívida e que está tomando todas as medidas legais cabíveis para reverter a decisão.
O juiz responsável pelo caso destacou que há sinais de articulação entre Ana, sua irmã e as empresas envolvidas para proteger o patrimônio de cobranças judiciais. Por isso, além do bloqueio do salário, também foi determinada a retenção de ativos financeiros e veículos registrados em nome das empresas e de Isabel Hickmann.
Apesar do imbróglio judicial, Ana Hickmann segue normalmente à frente do programa “Hoje em Dia”, na Record TV. O caso se soma a outros processos enfrentados pela apresentadora desde o fim de seu casamento com Alexandre Correa, ex-sócio em seus negócios.
Situação atual e próximos passos
A defesa de Ana Hickmann já recorreu da decisão, enquanto o Banco Sofisa deve apresentar o cálculo atualizado da dívida para que o bloqueio seja efetivado diretamente na fonte. O processo principal segue suspenso até a conclusão da investigação sobre a autenticidade das assinaturas nos contratos.