O julgamento de Daniel Alves, ex-lateral direito do Bahia e da seleção brasileira, acusado de agressão sexual, concluiu-se na Espanha após três dias de sessões e depoimentos. O atleta, conhecido também como Dani Alves, permanece em detenção preventiva em um presídio de Barcelona, à espera da sentença final, cuja data ainda não foi estabelecida.
O processo contou com a participação de diversas testemunhas, incluindo a vítima, amigos do jogador, policiais e funcionários da boate onde ocorreu o suposto crime. O depoimento de Daniel Alves foi marcado por emoção; o jogador chorou ao recordar a noite dos fatos e admitiu ter exagerado no consumo de álcool, reiterando, contudo, sua negação das acusações de estupro. Seu depoimento, que durou cerca de 20 minutos, foi o último a ser apresentado à Justiça espanhola.
No decorrer do julgamento, a defesa de Alves argumentou pela ilegalidade dos depoimentos da vítima e dos amigos desta, solicitando que fossem desconsiderados e pleiteando a absolvição do atleta. Apesar dessa tentativa, propôs uma pena alternativa, consistindo em um ano de prisão — já cumprido — e uma multa de €50 mil (aproximadamente R$ 266,7 mil, segundo a cotação atual do Banco Central do Brasil).
A divergência quanto à punição adequada tornou-se evidente. Enquanto a acusação defendeu uma pena exemplar de até 12 anos de detenção, o Ministério Público da Espanha sugeriu uma sanção mais leve, com nove anos de prisão. Levando em conta o tempo já servido por Alves, a pena efetiva poderia ser reduzida para 11 ou oito anos, dependendo da decisão final.
A expectativa é que a sentença seja anunciada em breve, embora não haja um prazo oficial confirmado. Informações de veículos de mídia espanhóis variam, alguns prevendo a definição em 15 dias, enquanto outros indicam que a decisão pode levar até um mês para ser divulgada.
