Jamerson Oliveira, jornalista e diretor do programa Alô Juca da TV Aratu, afiliada do SBT na Bahia, foi preso na madrugada do último sábado (6/9), em Salvador, por suspeita de embriaguez ao volante. O comunicador tentou fugir de uma abordagem policial, atravessou sinais vermelhos em alta velocidade, colocou em risco a segurança de terceiros e, ao ser interceptado, tentou usar sua posição profissional para evitar a prisão.
Segundo o boletim de ocorrência, policiais realizavam rondas na região do Elevador Lacerda quando foram surpreendidos pelo carro em que Jamerson estava. O veículo ultrapassou a viatura em alta velocidade e ignorou as ordens de parada. A perseguição terminou na Avenida Jequitaia, onde o jornalista foi finalmente detido.
Durante a abordagem, Jamerson se mostrou exaltado, resistiu à ação policial e afirmou ser diretor de um programa de televisão de grande audiência. O episódio foi interpretado como tentativa de dar uma “carteirada”. Os agentes relataram ainda que ele apresentava sinais de alteração psicomotora, mas se recusou a fazer o teste do bafômetro.
No carro, estava também a repórter Lara Linhares, colega de emissora, que é casada. Ela foi conduzida para a delegacia, prestou depoimento e foi liberada em seguida. Informações compartilhadas pelo jornalista José Eduardo Alves, o Bocão, apontam que ambos teriam saído de um motel momentos antes da perseguição.
Jamerson foi autuado por suspeita de embriaguez ao volante e liberado após o pagamento de fiança de um salário mínimo, equivalente a R$ 1.518. Ele vai responder em liberdade pelo caso.
Histórico de polêmicas
A prisão reacende a lembrança de outro escândalo envolvendo o jornalista. Entre 2022 e 2023, Jamerson foi investigado no chamado “golpe do Pix”, quando era funcionário da Record. Ele e o apresentador Marcelo Castro, o Juca, foram indiciados por estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
O grupo teria desviado cerca de R$ 800 mil de doações arrecadadas durante reportagens veiculadas no Balanço Geral Bahia. As transferências, que deveriam ajudar uma menina em tratamento contra um câncer, eram direcionadas para contas paralelas de pessoas ligadas ao programa. Após a revelação do escândalo, ele foi demitido da emissora em 2023.