A cantora Jojo Todynho compareceu na tarde desta segunda-feira (30) à 42ª Delegacia de Polícia, no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio de Janeiro, para prestar depoimento em um caso que ganhou grande repercussão nas redes sociais e na mídia. O depoimento foi motivado por ataques racistas que a artista afirma sofrer frequentemente na internet, além de uma denúncia de transfobia feita pela influenciadora digital Amanda Froes.
Segundo Jojo, os ataques racistas se intensificaram após ela tornar público seu posicionamento político. A defesa da cantora informou que já foram registrados mais de 30 boletins de ocorrência por crimes de ódio contra ela. “As pessoas querem ditar o que o outro quer dizer”, declarou Jojo em entrevista à LeoDias TV, ressaltando o impacto emocional dos ataques.
O caso envolvendo Amanda Froes teve início em abril, quando a influenciadora, que é mulher trans, afirmou publicamente que não fazia questão de cumprimentar Jojo no condomínio onde ambas residem, criticando o posicionamento da cantora em relação aos direitos da comunidade LGBTQIAPN+. Jojo teria respondido com xingamentos, mas nega qualquer motivação transfóbica. “Na verdade, eu sou vítima, a vítima da história sou eu. A minha integridade foi violada desde o momento que ela veio a público dizer onde futuramente eu iria morar, que eu nem moro lá, e abriu uma denúncia caluniosa dizendo que eu fiz transfobia com ela. Eu nem sabia qual era a identidade de gênero dela”, afirmou a cantora.
Amanda Froes, por sua vez, entrou com um processo judicial pedindo indenização de R$ 50 mil por danos morais, alegando que as declarações de Jojo feriram sua honra, identidade de gênero e dignidade como mulher trans. A influenciadora também relatou ter sido alvo de ataques online, que, segundo ela, foram impulsionados pela grande influência digital de Jojo.
O caso segue sob investigação na 42ª Delegacia de Polícia, e ambas as partes aguardam os próximos desdobramentos judiciais.