Dos cinco tremores registrados na Bahia desde o início de 2023, quatro tiveram como epicentro Jacobina, no norte do estado, conforme o Laboratório Sismológico (LabSis), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Embora estejam familiarizados com a situação, os habitantes se espantaram com um tremor de magnitude 2.7 registrado às 18h30 da última segunda-feira (16).
“Eu escutei um estrondo, levantei rapidamente para ver o que tinha acontecido e encontrei outros moradores também assustados com o que tinha acontecido. Foi uma sensação de medo, achei que a casa estava caindo”, relatou o açougueiro Ramon Alves da Silva.
São 100 tremores desde fevereiro de 2021, segundo o laboratório sismológico na região. Em 2022, foram registrados 23 abalos sísmicos no nordeste, sendo 18 na Bahia. Desses casos, 11 foram em Jacobina, 5 em Jaguarari, um em Campo Formoso e um em Curaçá, todos localizados no norte da Bahia.
De acordo com Anderson Nascimento, coordenador do LabSis, os terremotos são as consequências da reativação das falhas geológicas e não é possível prever se evoluirão para abalos mais intensos.
“Não é possível saber como fazer a evolução, ou seja, não temos como prever se vai haver um terremoto maios, nem quando ou onde ele irá ocorrer”, explicou.
Alguns habitantes do município acreditam que o terremoto de segunda-feira está ligado às atividades mineradoras da região.
“Pode ser algo ligado a mineração, porque o barulho foi alto, o chão vibrou. A gente nunca tinha sentido isso na vida“, afirmou um dos moradores.
