O influenciador digital Hytalo Santos, conhecido por acumular quase 17 milhões de seguidores no Instagram, teve seu perfil removido da plataforma nesta sexta-feira (8/8), após uma série de denúncias envolvendo suposta exploração de menores. Quem tentou acessar o perfil do influenciador se deparou com a mensagem: “Infelizmente, esta página não está disponível”.
A decisão do Instagram ocorre em meio a uma investigação conduzida pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), que apura denúncias de exploração de crianças e adolescentes em conteúdos publicados por Hytalo. As denúncias chegaram ao órgão por meio do Disque 100, canal nacional para denúncias de violações de direitos humanos, e envolvem vídeos com danças de conotação sexual e situações consideradas inadequadas para menores de idade.
A promotora Ana Maria França, responsável pelo caso, informou que o inquérito busca apurar a idade dos jovens que aparecem nos vídeos, o consentimento dos responsáveis legais e possíveis violações ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O Conselho Tutelar de Bayeux também foi acionado para colaborar nas investigações.
A repercussão do caso aumentou após o influenciador Felca publicar um vídeo com denúncias contra Hytalo, alegando que o conteúdo produzido por ele sexualizava crianças e adolescentes e atraía um público adulto inadequado. As acusações também envolvem a exposição de menores em ambientes com bebidas alcoólicas e situações de intimidade.
Em nota, a defesa de Hytalo Santos nega as acusações e afirma que todas as postagens seguem as diretrizes das plataformas digitais, ressaltando que há consentimento dos responsáveis legais dos menores envolvidos. O influenciador declarou que está colaborando com as autoridades e que sua assessoria jurídica acompanha o caso.
O Ministério Público do Trabalho da 13ª Região também abriu uma ação civil pública, investigando possíveis violações trabalhistas e penais, incluindo suspeitas de trabalho infantil e abuso de autoridade. Ex-funcionários relataram assédio moral, jornadas excessivas e condições precárias de trabalho, o que ampliou o escopo das investigações.