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Inquérito sobre acidente que matou Cristiano Araújo segue em aberto
O inquérito policial sobre o acidente de carro que matou o cantor Cristiano Araújo, de 29 anos, e a namorada dele, Allana Moraes, de 19, na BR-153, em Goiás, segue em aberto. Quase um mês após a tragédia, a Polícia Civil de Goiás ainda aguarda laudos da Polícia Técnico-Científica para concluir a investigação.
{relacionadas}“Para que a gente possa esclarecer os fatos eu preciso dos laudos oficiais, que são complexos e, por conta disso, costumam demorar”, disse ao G1 o delegado responsável pelo caso, Fabiano Henrique Jacomelis.
Logo após o acidente, o delegado solicitou laudos perciais do local do acidente, do veículo e das rodas. Entre eles está a análise que deve determinar se Cristiano e Allana usavam cinto de segurança. Há a suspeita de que estavam sem o equipamento, já que ambos foram arremessados do veículo, segundo o delegado. Os indícios apontam que o motorista e o passageiro do banco da frente estavam com cinto.
O superintendente interino da Polícia Técnico-Científica de Goiás, César Augustus Adorno Ferreira Lima, prefere não determinar um prazo para a conclusão dos documentos, mas afirma que os peritos estão “trabalhando com afinco” nas análises.
“Os laudos ainda estão sendo confeccionados. Estamos tentando fazer o mais rápido possível para passar para a Polícia Civil tanto os laudos quanto os exames complementares”, afirmou Lima ao G1.
Dentre os depoimentos está o do motorista do cantor. Ronaldo não soube precisar, mas admitiu que estava acima da velocidade máxima permitida no trecho, que era de 110 km/h. Ele ressaltou que perdeu o controle do Range Rover Sport, modelo 2015, depois que um dos pneus estourou.
Ainda segundo o delegado, as primeiras perícias já mostraram que as rodas originais do veículo foram substituídas por outras e que continham vários pontos de solda. Quem deu os equipamentos a Ronaldo foi o ex-jogador de futebol Tiago Ferreira dos Santos, de 29 anos, que confirmou à polícia que já havia feito reparos nos equipamentos.
Os donos de um lava-jato em Goiânia, onde o veículo foi lavado um dia antes do acidente, disseram em depoimento que alertaram o motorista Ronaldo Miranda sobre os riscos das soldas nas rodas .“Eu disse ao delegado que, na entrega do veículo, ele [motorista] foi avisado que tinha solda naquela roda e que poderia ser perigoso, já que eles viviam na estrada, em shows, viagens”, disse o dono do estabelecimento, Fábio Luciano.
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