Iniciou-se nesta semana a análise judicial da acusação de plágio feita pelo músico e compositor brasileiro Toninho Geraes contra a estrela britânica Adele. Geraes alega que a faixa “Million Years Ago”, parte do repertório de Adele lançado em 2020, possui semelhanças notáveis com sua obra “Mulheres”, interpretada por nomes renomados da música brasileira como Martinho da Vila e Simone Mendes.
O cerne da disputa legal gira em torno da solicitação de Geraes por uma proibição na reprodução da música de Adele, exigindo a remoção de todos os fonogramas disponíveis nas plataformas digitais. Adicionalmente, o compositor brasileiro busca reparação financeira, incluindo danos morais fixados em R$ 200 mil e uma compensação material baseada nos lucros acumulados pela artista britânica com a canção em questão. Estas informações foram divulgadas pelo colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo.
Em declarações anteriores, Geraes expressou a importância da música em sua vida, referindo-se a ela como seu verdadeiro legado imaterial. “A única coisa que eu tenho na minha vida que eu posso falar que é meu, é minha música. Eu só vendo se eu quiser”, enfatizou o músico em uma entrevista concedida à BBC em 2021.
Toninho Geraes, conhecido por outros hits da música popular brasileira como “Me Leva”, imortalizado na voz de Agepê, e “Verdade”, de Zeca Pagodinho, expressou perplexidade sobre como sua canção “Mulheres” pode ter chegado ao conhecimento de Adele. Levanta-se a hipótese de que Greg Kurstin, produtor e co-compositor de “Million Years Ago” e admirador confesso da música brasileira, possa ter desempenhado algum papel nesse cruzamento musical, inclusive mencionando em certa ocasião sua habilidade com o berimbau, um instrumento típico brasileiro.
