O influenciador digital Hytalo Santos e seu marido, Israel Natan Vicente, conhecido como Euro, foram presos na manhã de sexta-feira (15/08/2025) em uma casa de alto padrão em Carapicuíba, São Paulo. Segundo a Polícia Civil, o casal já sabia da possibilidade de prisão e planejava fugir do país para evitar o cumprimento dos mandados expedidos pela Justiça da Paraíba.
Planejamento de fuga
De acordo com o delegado Fernando David, titular da 3ª Delegacia de Investigações sobre Estelionato e Crimes contra a Fé Pública (DIG), havia fortes indícios de que o casal estava se preparando para deixar o Brasil. “Eles sabiam que o mandado de prisão seria expedido e estavam tentando se evadir. A cidade de São Paulo poderia ser uma rota de fuga”, afirmou o delegado.
A operação que resultou na prisão foi realizada com base no monitoramento do veículo do casal, um Land Rover, estacionado na frente da residência. A abordagem ocorreu por volta das 8h da manhã, enquanto Hytalo e Euro ainda dormiam. Segundo a polícia, não houve resistência por parte dos suspeitos.
Acusações e repercussão
Hytalo Santos e Euro são investigados por tráfico humano e exploração sexual infantil, com base em conteúdos produzidos nas redes sociais. O caso ganhou grande repercussão após denúncias feitas pelo youtuber Felca, que expôs episódios de adultização de crianças e adolescentes. Ambos tiveram suas contas nas redes sociais desativadas após as acusações.
Defesa nega acusações
A defesa do casal, representada pelo advogado Felipe Cassimiro, nega as acusações e afirma que Hytalo e Euro estavam em São Paulo por motivos profissionais. “Eles sempre se colocaram à disposição das autoridades. As acusações não procedem, e tomaremos as medidas judiciais cabíveis”, declarou o advogado.
Procedimentos após a prisão
Após a prisão, o casal foi submetido a exames no Instituto Médico Legal e aguardará audiência de custódia em Carapicuíba. Caso a prisão preventiva seja confirmada, eles serão transferidos para um Centro de Detenção Provisória em São Paulo e, posteriormente, para João Pessoa, na Paraíba, onde o caso está sendo conduzido.
A polícia apreendeu oito celulares, sendo quatro com cada um dos suspeitos, que serão periciados para aprofundar as investigações. O caso segue em andamento, com expectativa de novos desdobramentos.