Ao longo das últimas décadas, alguns jogos guardaram portas secretas que só se abriam para quem procurava além do óbvio. Eram finais escondidos — recompensas por explorar, por colecionar itens raros, por escolher caminhos impensados ou por simplesmente zerar o jogo várias vezes.
Finais que viraram lenda
- Cyberpunk 2077: exigia fortalecer a relação com Johnny Silverhand e, na missão final, escolher a opção Thinking of going alone, levando a uma investida solitária contra a corporação Arasaka.
- Hotline Miami: quem coletava todas as máscaras e atendia requisitos específicos desbloqueava uma cena alternativa ligada às conspirações da organização 50 Blessings.
- Silent Hill 2: o famoso “Dog Ending” surgia ao cumprir certas condições e usar a Dog Key em uma sala específica, entregando um desfecho inusitado e fora do tom habitual.
- Metal Gear Solid V: The Phantom Pain: o tal “verdadeiro” final (missão 46) dependia de avançar em missões principais e secundárias, escutar fitas cassete amarelas e acumular núcleos de P&D.
- Mass Effect 2: para a rota especial era preciso recrutar todos os companheiros, concluir missões de lealdade e aprimorar a Normandy antes da missão final, permitindo salvar toda a equipe.
- Far Cry 4: recusando fugir do castelo no início e aguardando cerca de 15 a 20 minutos, o jogador via uma cena em que Ajay jantava com Pagan Min e o jogo terminava abruptamente.
- NieR: Automata: o título trazia 26 finais (A–Z); os finais C e D eram pré-requisitos para chegar ao famoso Final E, que exigia aceitar a exclusão dos dados salvos para salvar outros jogadores.
- Chrono Trigger: era possível derrotar Lavos mais cedo na história, o que liberava uma sala dos desenvolvedores como recompensa — um easter egg final para os curiosos.
- Batman: Arkham City: dependendo de certas condições, a Mulher-Gato podia abandonar o Batman, mudando o tom da conclusão da narrativa.
- INSIDE: ao libertar uma máscara de porco e seguir um caminho oculto, o final secreto mostrava o garoto tornando-se parte de uma criatura controlada por máquinas.
Com a internet, descobrir esses finais deixou de ser um caso isolado. Comunidades se organizaram, testaram rotas, trocaram vídeos e mensagens, e transformaram o segredo em trabalho coletivo — como quem monta um quebra-cabeça em grupo.
Esses desfechos escondidos não só recompensavam a exploração, como também viravam lentes diferentes sobre a história. E, sempre que um jogo parece ter acabado, há quem volte a procurar por portas que ficaram meio entreabertas.

